Gaze ficou no interior de Dona Nely durante 2 meses, segundo família.
Ela operou em novembro e desde então o material estava dentro dela.
Foto mostra o estado atual de dona Nely (Foto: Arquivo Pessoal)
Foi encontrado dentro de uma senhora de 69 anos, uma gaze (material
hospitalar), na noite de segunda-feira(14). Ela operou de pedra na
vesícula no dia 14 de Novembro de 2012, no Hospital Municipal de Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais, e segundo a família, desde então a gaze estava dentro da Dona Nely Antônia de Aguiar Quirino.Por causa dessa gaze ela teve uma perfuração no intestino. A neta da paciente, Ana Cristina, conta como a família ficou sabendo do ocorrido.
“Na segunda-feira (14), minha avó teve uma complicação e estourou um caroço dentro dela, e a cicatriz, que ainda não estava curada, se abriu e ficou um buraco do tamanho de uma bola de tênis. Depois que esse buraco se abriu, deu para visualizar a gaze. Em seguida levamos minha vó para o médico e foi feita a cirurgia para a retirada do material que estava nela", conta a neta.
RG de dona Nely (Foto: Arquivo Pessoal)
A família conta ainda que quando dona Nely foi levada para o hospital,
ela ainda esperou 8 horas para ser operada. A família ainda teme que a
ferida não se catrize ou demore muito tempo, uma vez que ela é
diabética.Dona Nely tem 69 anos, 2 filhas, 6 netos e 5 bisnetos. Ela está internada no hospital Municipal de Valadares e está consciente, mas a família não pode ter contato direto com ela. A idosa diz que está feliz porque parou de sentir as dores da cirurgia, mas ainda não há previsão de alta.
A familia não disse se pretende entrar com alguma ação contra o hospital ou contra os médicos.
O que diz o médico
Um dos cirurgiões que realizarou a operação em novembro de 2012, Dr. Marcílio Alves, disse que foi necessário usar compressas de um material chamado Gelfoam, usado para estancar sangramentos, e que esse material não deveria ter ficado dentro de Dona Nely, mas o objetivo era salvar a vida da paciente.
“A operação da Nely era muito difícil. No bloco cirúrgico eu chamei mais dois cirurgiões para me auxiliarem, o Dr. Emerson Silveira, e o Dr. Eduardo Sá. Havia muito sangramento na paciente, e as compressas foram uma medida de emergência, que usamos para a cirurgia dar certo. A cirurgia foi bem sucedida, conseguimos salvar uma paciente que estava com sérios riscos de vida”, conclui o médico.
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