MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 12 de janeiro de 2013

Franquia de sorvete norte-americana fecha por falta de matéria-prima


Loja da Cold Stone, em Curitiba, é a única filial na América do Sul.
Sorveteria fechou logo após inauguração e reabre na segunda-feira (14).

Bibiana Dionísio Do G1 PR

Loja da Cold Stone, em Curitiba, ficou aberta quatro meses (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)Loja da Cold Stone, em Curitiba, ficou aberta quatro meses (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)
A única filial da rede norte-americana de sorvetes, Cold Stone Creamery, na América do Sul, foi aberta em agosto e em dezembro fechou as portas por falta de uma matéria-prima utilizada na base do sorvete. A previsão era de que o estoque durasse um ano, porém, quatro meses depois estava vazio. A loja será reaberta na segunda-feira (14).
O que soa ruim do ponto de vista comercial também pode ser encarado de uma forma positiva, na avaliação do diretor de marketing da empresa, Joaquim Fernandez Presas. “Por um lado, é extremamente bom porque mostra que o produto foi aceito de uma forma fantástica, acima de todas as expectativas”, argumentou. Segundo Presas, não houve erro de planejamento. Existe um parâmetro para se calcular o estoque que foi seguido para a loja brasileira, mas, segundo ele, a procura foi muito superior.
“Inicialmente, quatro meses atrás, quando a gente inaugurou, a gente trabalhava em cima de uma previsão elaborada pelos americanos em função do que acontece em outros países quando eles começam. O brasileiro respondeu muito bem e essa previsão se mostrou muito mais modesta do que a gente achava que seria”, complementou Presas. A rede possui franquias em 15 países.
Joaquim Fernandez Presa, diretor de marketing da Cold Stone (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)Joaquim Fernandez Presa, diretor de marketing da
Cold Stone (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)
“A gente não errou. A coisa andou de uma forma melhor do que a gente esperava e a gente não conseguiu contornar algumas dificuldades que o Brasil impõe”.

Presas se refere a lentidão para se liberar cargas importadas. Segundo ele, o contêiner com a matéria-prima do sorvete está no Porto de Santos, em São Paulo, desde o mês de outubro. Foi necessário realizar um novo pedido, que foi enviado por avião, para se respeitar a data de reabertura divulgada.
O  principal público da Cold Stone é o jovem e nas redes sociais, contou o diretor, não faltaram comentários sobre a “falha”.  Presas disse não ser fácil ver as críticas, contudo, lembra que a internet possibilita o diálogo. “Ainda prefiro dizer desculpe a não ter posição de resposta”, afirmou Presas.
A sede de Curitiba é a primeira de um processo de expansão da franquia no país e será a loja teste. Isso significa que todas as equipes que vão trabalhar nas filiais brasileiras da Cold Stone serão treinadas no Paraná. A próxima loja será inaugurada no mês de março, em São Paulo e será uma loja conceito, ou seja, estará próxima do que a rede norte-americana considera ideal. Para Presas, caso esta dinâmica de abertura de filiais já tive sido iniciada o impacto negativo seria maior. “Bom não é, mas a gente acha que para o projeto de expansão, não é tão grave”, acrescentou.
Agora, para a reabertura ainda existe certo temor, porque, segundo o diretor de marketing, a razão para que o estoque acabasse da primeira vez não é da alçada da empresa.

Porém, nesta nova fase os dados sobre demanda são reais e não baseados em estimativas. Somado a isso, destacou Presas, ainda neste ano, o fornecimento da matéria-prima passará a ser local. “É um processo demorado, mas é um processo que foi adiantado em função do sucesso que a gente teve”, afirmou.
A escolha de Curitiba
De acordo com Presas, Curitiba é tradicionalmente um mercado teste. Ele destacou que a classificação e a distribuição demográfica de Curitiba são similares as de São Paulo – respeitada a proporcionalidade - e o consumidor é exigente. Juntos esses fatores fizeram com que a capital do Paraná fosse escolhida para ser a sede da franquia no Brasil.
“A gente tem uma classificação sócio-demográfica similar a de São Paulo, alguns padrões de consumo são similares aos de São Paulo, porém, com uma tolerância um pouco menor. O curitibano é ‘crica’, o curitibano é chato”, disse. Com a aceitação do público de Curitiba, a empresa acredita ter mais facilidade para se adequar em outros lugares.
Há ainda a questão do custo. “Partindo do pressuposto que todos os novos franquiados terão que ser treinados, no planejamento inicial financeiro, ficou representativa a diferença de custo de trazer e manter pessoas em Curitiba versus levar para São Paulo”, explicou.

O sorvete
O sorvete servido na Cold Stone é classificado como Super Premium pela Food and Drug Administration (FDA), que é um órgão americano responsável pelo controle dos alimentos comercializados naquele país.
Segundo a franquia, o sorvete é elaborado com matérias-primas selecionadas e tem como característica o frescor, já que são feitos para serem consumidos em um curto intervalo de tempo e, desta forma, estão sempre cremosos.
Na loja, o cliente pode escolher diversos ingredientes para misturar ao sorvete. Esta mistura é feita sobre uma pedra de granito resfriada, por isso o nome Cold Stone.  Aquele que ficar indeciso para escolher o pedido pode recorrer às Signatures Creations, que são combinações sugeridas pela loja.

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