Loja da Cold Stone, em Curitiba, é a única filial na América do Sul.
Sorveteria fechou logo após inauguração e reabre na segunda-feira (14).
Loja da Cold Stone, em Curitiba, ficou aberta quatro meses (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)
A única filial da rede norte-americana de sorvetes, Cold Stone
Creamery, na América do Sul, foi aberta em agosto e em dezembro fechou
as portas por falta de uma matéria-prima utilizada na base do sorvete. A
previsão era de que o estoque durasse um ano, porém, quatro meses
depois estava vazio. A loja será reaberta na segunda-feira (14).O que soa ruim do ponto de vista comercial também pode ser encarado de uma forma positiva, na avaliação do diretor de marketing da empresa, Joaquim Fernandez Presas. “Por um lado, é extremamente bom porque mostra que o produto foi aceito de uma forma fantástica, acima de todas as expectativas”, argumentou. Segundo Presas, não houve erro de planejamento. Existe um parâmetro para se calcular o estoque que foi seguido para a loja brasileira, mas, segundo ele, a procura foi muito superior.
“Inicialmente, quatro meses atrás, quando a gente inaugurou, a gente trabalhava em cima de uma previsão elaborada pelos americanos em função do que acontece em outros países quando eles começam. O brasileiro respondeu muito bem e essa previsão se mostrou muito mais modesta do que a gente achava que seria”, complementou Presas. A rede possui franquias em 15 países.
Joaquim Fernandez Presa, diretor de marketing da
Cold Stone (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)
“A gente não errou. A coisa andou de uma forma melhor do que a gente
esperava e a gente não conseguiu contornar algumas dificuldades que o
Brasil impõe”.Cold Stone (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)
Presas se refere a lentidão para se liberar cargas importadas. Segundo ele, o contêiner com a matéria-prima do sorvete está no Porto de Santos, em São Paulo, desde o mês de outubro. Foi necessário realizar um novo pedido, que foi enviado por avião, para se respeitar a data de reabertura divulgada.
O principal público da Cold Stone é o jovem e nas redes sociais, contou o diretor, não faltaram comentários sobre a “falha”. Presas disse não ser fácil ver as críticas, contudo, lembra que a internet possibilita o diálogo. “Ainda prefiro dizer desculpe a não ter posição de resposta”, afirmou Presas.
A sede de Curitiba é a primeira de um processo de expansão da franquia no país e será a loja teste. Isso significa que todas as equipes que vão trabalhar nas filiais brasileiras da Cold Stone serão treinadas no Paraná. A próxima loja será inaugurada no mês de março, em São Paulo e será uma loja conceito, ou seja, estará próxima do que a rede norte-americana considera ideal. Para Presas, caso esta dinâmica de abertura de filiais já tive sido iniciada o impacto negativo seria maior. “Bom não é, mas a gente acha que para o projeto de expansão, não é tão grave”, acrescentou.
Porém, nesta nova fase os dados sobre demanda são reais e não baseados em estimativas. Somado a isso, destacou Presas, ainda neste ano, o fornecimento da matéria-prima passará a ser local. “É um processo demorado, mas é um processo que foi adiantado em função do sucesso que a gente teve”, afirmou.
A escolha de Curitiba
De acordo com Presas, Curitiba é tradicionalmente um mercado teste. Ele destacou que a classificação e a distribuição demográfica de Curitiba são similares as de São Paulo – respeitada a proporcionalidade - e o consumidor é exigente. Juntos esses fatores fizeram com que a capital do Paraná fosse escolhida para ser a sede da franquia no Brasil.
“A gente tem uma classificação sócio-demográfica similar a de São Paulo, alguns padrões de consumo são similares aos de São Paulo, porém, com uma tolerância um pouco menor. O curitibano é ‘crica’, o curitibano é chato”, disse. Com a aceitação do público de Curitiba, a empresa acredita ter mais facilidade para se adequar em outros lugares.
Há ainda a questão do custo. “Partindo do pressuposto que todos os novos franquiados terão que ser treinados, no planejamento inicial financeiro, ficou representativa a diferença de custo de trazer e manter pessoas em Curitiba versus levar para São Paulo”, explicou.
O sorvete
O sorvete servido na Cold Stone é classificado como Super Premium pela Food and Drug Administration (FDA), que é um órgão americano responsável pelo controle dos alimentos comercializados naquele país.
Segundo a franquia, o sorvete é elaborado com matérias-primas selecionadas e tem como característica o frescor, já que são feitos para serem consumidos em um curto intervalo de tempo e, desta forma, estão sempre cremosos.
Na loja, o cliente pode escolher diversos ingredientes para misturar ao sorvete. Esta mistura é feita sobre uma pedra de granito resfriada, por isso o nome Cold Stone. Aquele que ficar indeciso para escolher o pedido pode recorrer às Signatures Creations, que são combinações sugeridas pela loja.
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