MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Número de veículos no Paraná equivale à metade da população

 

Cerca de 30 mil veículos entram em circulação todos os meses.
Especialista aponta que é preciso investir na urbanização das periferias.

Samuel Nunes Do G1 PR
Número de veículos no Paraná dobrou nos últimos 10 anos (Foto: Divulgação/Agência Estadual de Notícias)Número de veículos no Paraná dobrou nos últimos
10 anos (Foto: Divulgação/Agência Estadual de
Notícias)
Um levantamento feito pelo governo do Paraná mostra que já existem 5,3 milhões de veículos registrados no estado. Em 2001, a frota era de 2,5 milhões de veículos. O número atual equivale à metade da população paranaense que, segundo o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), é de 10,4 milhões de pessoas. De acordo com o governo, cerca de 30 mil veículos são emplacados por mês.
Esse fenômeno aparece em todo o Brasil. Recentemente, a presidente Dilma Roussef falou sobre o tema no programa de rádio Café com a Presidenta, no qual tratou também da implantação do metrô curitibano. Segundo Dilma, a possibilidade de os cidadãos terem acesso à compra de veículos é uma conquista dos brasileiros.
Todavia, isso se torna um problema nas grandes cidades. Engarrafamentos são observados principalmente nos centros urbanos das capitais. É o que acontece em Curitiba, por exemplo. Como aponta Pedro Akishiro, professor de Engenharia de Tráfego, para cruzar a cidade, as pessoas precisam sempre passar pelas mesmas avenidas principais, havendo poucas alternativas aos motoristas.
Akishiro acredita que os motoristas têm buscado os carros como alternativa ao transporte coletivo. “Hoje o indivíduo tem pressa para chegar aos lugares. Às vezes é preciso pegar dois, três ônibus, fazer baldeação, andar para chegar ao ponto de ônibus, depender de horário. Com o carro, isso acaba. Você sai de casa e chega ao destino na hora em que quer.
Problema não é falta de espaço
Além disso, segundo ele, o problema não está só na quantidade de veículos, mas na concentração de pessoas em um mesmo lugar. “Se pegarmos o número de carros e multiplicarmos por seis metros [que seria o equivalente à média do tamanho dos veículos em circulação], veremos que esse número é muito inferior ao que temos de estradas pavimentadas. O problema é que todas as pessoas precisam se deslocar para os mesmos lugares”, avalia Akishiro.
Para o professor, a alternativa seria acabar com os “centros” e investir na urbanização das áreas periféricas. “O indivíduo mora em um lugar e precisa cruzar a cidade para trabalhar em outro”, diz. Ele acredita que é um absurdo que exista um centro em uma cidade.
Para resolver o problema, a saída é o investimento contínuo em planejamento de tráfego. "É preciso que se saiba quantas pessoas se deslocam de um ponto a outro da cidade e o motivo", diz Akishiro. De acordo com ele, só assim é possível traçar melhorias para o trânsito e evitar os congestionamentos constantes nas grandes cidades.

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