MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Lei dos EUA permite exportar material hospitalar usado, diz consulesa

 

Impasse seria de natureza legislativa, segundo Usha Pitts.
Lei brasileira impede a importação desse tipo de produto.

Luna Markman Do G1 PE
Cônsul e adido do FBI fala sobre caso do lixo hospitalar (Foto: Luna Markman/ G1)Richard Cavalieros, do FBI, e Usha Pitts, consulesa
dos EUA (Foto: Luna Markman/ G1)
A legislação dos Estados Unidos permite a exportação de material usado – inclusive hospitalar. A informação foi dada pela consulesa dos Estados Unidos para o Nordeste, Usha Pitts, na tarde desta quinta-feira (20), durante uma reunião no Consulado, no Recife, sobre o caso do lixo hospitalar exportado dos EUA e retido no Porto de Suape. “É prematuro falar sobre a legalidade do caso e afirmar se houve alguma falha do governo americano. Neste caso específico, ainda estão sendo investigadas as irregularidades”, disse a consulesa. O impasse ocorre, segundo ela, porque a legislação brasileira impede a importação desse tipo de material.
A questão só será resolvida quando sair o resultado do laudo do Instituto de Criminalística (IC). Até agora não foi encontrado nenhum tipo de material biológico ou fluidos humanos, como sangue, no material recolhido no Agreste. Essa confirmação foi dada por Richard Cavalieros, adido no Brasil do FBI – a Polícia Federal dos EUA – que inspecionou as perícias nesta manhã. De acordo com ele, ainda será marcada uma data para a análise do material que está em Suape, dentro de dois contêineres.
De acordo com Cavalieros, ainda não foi identificada a empresa que exportou o material. Mas ele confirmou o nome da empresa que fez a operação comercial, despachando os contêineres da Carolina do Sul, nos EUA.
A comitiva norte-americana ainda não tem data para ir embora do Recife. "Fomos chamados pelo Consulado, atendendo a um pedido do governo de Pernambuco e da Polícia Federal, para dar apoio especial às investigações. Estamos encaminhando todos os pedidos para fatos que precisam ser apurados nos EUA. E mesmo se formos embora do Recife vamos continuar colaborando com as investigações através dos nossos escritórios regionais no Brasil", disse o adido do FBI.
HistóricoAs cargas de lixo hospitalar apreendidas no Porto de Suape, no dia 11 de outubro. Depois da primeira denúncia, já apareceram diversas ocorrências: um motorista da Paraíba, um hospital em Goiana, uma loja no centro de Santa Cruz do Capibaribe, um hotel em Timbaúba. Mais de 60 amostras de material suspeito foram coletadas.
No Brasil, a Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades pelo desembarque de contêineres com lixo hospitalar vindos dos Estados Unidos, que apontam para a prática de crimes de contrabando, ambiental e uso de documento falso. A investigação pretende rastrear a compra do material e saber se o produto foi distribuído em outras partes do Brasil.

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