MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Conferência internacional debate desenvolvimento sustentável no AM

 

Estudioso criticou atuais formas de investimento na região amazônica.
Segundo ele, ribeirinhos devem ser prioridade nas políticas públicas.

Marina Souza Do G1 AM
Diretor-geral do Museu da Amazônia, Dr. Ennio Candotti, participa da WITS Conference em Manaus (Foto: Marina Souza/G1)Diretor-geral do Museu da Amazônia participa da WITS
Conference em Manaus (Foto: Marina Souza/G1)
O desenvolvimento sustentável foi um dos principais tema debatidos na Conferência Wits (Água, Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade) 2011: "Rio +20, Água e Sustentabilidade", que aconteceu nesta quinta-feira (27), no hotel Comfort, Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus.

O presidente da Câmara de Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) e coordenador de Recursos Hídricos do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), Dr. Sanderson Leitão, e o diretor geral do Museu da Amazônia (Musa), Dr. Ennio Candotti, participaram do evento, que faz parte da programação da sexta edição da Feira Internacional da Amazônia (Fiam).
Segundo o Dr. Ennio Candotti, "caberá ao povo da Amazônia lidar com o desafio de dar à região verdadeiro desenvolvimento sustentável". Baseado na matéria "Amazônia vira motor de desenvolvimento", publicada no jornal Folha de São Paulo, que afirma que até 2020 serão investidos R$ 212 milhões na região, Candotti criticou as atuais formas de investimento públicas e privadas nos nove estados, principalmente no Amazonas.
De acordo com o diretor do Musa, as atuais aplicações de recursos, que focam apenas nas capitais, estão erradas. "Para promover o desenvolvimento sustentável na região, precisamos de muitos recursos humanos de alto comprometimento com o desenvolvimento da região e bom conhecimento técnico-científico. É preciso entender que o desenvolvimento da região significa melhoria da qualidade de vida do povo, principalmente dos ribeirinhos, das pessoas mais pobres, não apenas de quem vive em grandes cidades", explicou.
Candotti defendeu ainda a interação entre ribeirinhos e estudiosos. "Precisamos dar qualidade de vida a quem povoa a Amazônia para que eles não tenham que fugir de onde estão e vir para a cidade. Para conhecer melhor e explorar de maneira sustentável os recursos naturais é preciso ter condições de viver junto a esses recursos naturais. Isto exige sabedoria, experiência e coragem, mas exige também uma porção de técnicas, de conhecimentos, de desenvolvimentos científicos que colocados à disposição dessas pessoas possam promover uma boa qualidade de vida e uma boa exploração sustentável dessas riquezas. Isso que eu defendo. Isso não aconteceu. Haverão muitos investimentos nos próximos anos, e minha pergunta é: quanto desses recursos financeiros se transformarão em desenvolvimento regional? Se as coisas continuarem como estão caminhando: zero", criticou.
O presidente da Câmara de Ciência e Tecnologia do CNRH e coordenador de Recursos Hídricos do MCT, Dr. Sanderson Leitão, comentou o trabalho do Ministério e do Conselho sobre recursos hídricos. Ele destacou os trabalhos de expansão do sistema nacional de Ciência e Tecnologia, com inovações tecnológicas em empresas e das pesquisas na área focadas em desenvolvimento social.
No Amazonas, Leitão ressaltou ainda os fundos setoriais destinados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), considerado por ele um dos maiores centros de ciência e tecnologia do Brasil.

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