MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 11 de junho de 2023

Pesquisador usa látex da mangabeira para desenvolver creme cicatrizante

 


Além do produto, foi elaborado um aplicativo que utiliza Inteligência Artificial para acompanhar o processo de tratamento do ferimento


Tribuna da Bahia, Salvador
10/06/2023 16:17
1 dia, e 17 minutos
Foto: Divulgação

A cicatrização é a reparação tecidual da pele, onde o tecido lesionado é substituído. Esse é um sistema natural do corpo humano e outros tipos de animais. Porém, dependendo do organismo, esse tratamento pode ser mais difícil. Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, 2% da população do país possui algum tipo de ferida difícil de cicatrizar. Com objetivo de ajudar a melhorar o processo de cicatrização, o doutor em Química Orgânica Médica, Saulo Capim, de Alagoinhas, juntamente com outros pesquisadores, desenvolveu um creme-gel à base de propriedades da mangabeira e criou um aplicativo para que o cliente tenha o acompanhamento durante a cicatrização do ferimento.  

O creme-gel é produzido a partir do látex natural da planta Hancornia speciosa, mais conhecida como mangabeira. “A tecnologia, chamada Cicatribio, consegue cicatrizar o ferimento entre dois a 10 dias. Além disso, vem acompanhado de um aplicativo que funciona por meio da inteligência artificial, realiza análises e medição da ferida. O usuário baixa o app, cadastra os dados e as imagens dos ferimentos. Assim, ele pode acompanhar o avanço da cicatrização de forma personalizada e em tempo real. Para acessar o software, que se chama Cicatribiovet, o usuário necessitará de um Qrcode que virá na embalagem”, afirma Saulo.

Para o químico, o projeto, desenvolvido dentro da startup Cicatribio, criada por ele em 2022, pode ajudar diversas pessoas e até o Sistema Único de Saúde (SUS). “Em média, 485 mil pessoas têm algum ferimento difícil de cicatrizar. Esse problema causa altos custos ao SUS, pois o tratamento de feridas requer uma série de procedimentos e acompanhamento de profissionais. Então, o Cicatribio irá contribuir com a saúde da população”, pondera.

A expectativa de Saulo é que o produto comece a ser comercializado até o final de 2023. “Temos duas versões do creme-gel. A comercialização, para a versão veterinária para todos os animais, estará disponível a partir da segunda semana de junho. Já a versão para humanos, estará disponível até o final do ano de 2023”.

A tecnologia tem a colaboração de pesquisadores do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Também conta com o aporte financeiro do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e foi uma das aprovadas pelo Edital Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb). A equipe é composta por Saulo Capim, André Rezende, Ana Luiza de Souza, Isis Beatriz de Souza, João Pedro Oliveira, Itila Maykely, Jane Lima e Bruno Marinho. 

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