MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Influenciador trans Dante Olivier fala sobre o conceito de moda genderless: 'Sonho que as pessoas se sintam livres para ser como forem'

 

Créditos foto Vikki

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Influenciador trans Dante Olivier fala sobre o conceito de moda genderless: 'Sonho que as pessoas se sintam livres para ser como forem'

A moda sem gênero abraça a pluralidade das pessoas e se liberta dos padrões da sociedade

Em alguma geração antepassada, nossa sociedade foi segmentada em papéis de gênero, que impactaram ativamente na nossa liberdade de expressão ao se vestir. No entanto, na atualidade, as pessoas se mostram cada vez mais confortáveis em lidar com uma perspectiva menos sólida da moda, atrelando-se ao movimento genderless, ou, agênero. 

Nesse movimento, a sociedade se desapega da ideia que a roupa é parte da determinação de gênero e passa a atrelá-la a essência de cada um, usando-a apenas como liberdade de expressão e quebrando as barreiras impostas anteriormente. Mas, para o Influenciador Dante Olivier, que é um homem trans, isso já é claro. "Qualquer roupa é unissex, qualquer um pode vestir o que quiser. Tecidos e acessórios não tem gênero - a sociedade que criou isso. Cada vez mais precisamos entender que roupa é roupa e criamos o nosso estilo com o que comunicar melhor o que somos".

Para ele, a descoberta do próprio estilo é um caminho de autoconhecimento e exploração da própria identidade que a gente passa desde cedo na adolescência e segue se renovando ao longo da vida. "Aos poucos fui entendendo que a moda era uma expressão artística, uma comunicação com o mundo e dentre as muitas artes que já mergulhei a moda é a mais recente", conta. 

Passo a passo

O influenciador conta que o primeiro passo é entender a ocasião. "Onde vou, quem vou encontrar, o que quero comunicar inconscientemente e conscientemente para essas pessoas…Aí, atrelo isso ao meu estado de espírito, humor e a compreensão de quanto tempo vou ficar fora de casa, porque conforto é importante", brinca. 

Já o segundo passo é simples: vista-se da forma que se sentir melhor. Apesar de algumas peças coringas fazerem parte do guarda-roupa de qualquer um, adaptar-se a uma moda diferente da sua não é sempre o trabalho mais fácil do mundo. "Se a proposta é adicionar peças do guarda-roupa de um gênero oposto ao da pessoa, tento sempre começar devagar, com peças mais simples que não causem estranhamento nela, para que ela vá assimilando, afinal, a gente sabe como é ruim sair de casa e se sentir mal com o próprio look no meio do evento". 

Para ele, a moda é um território divertido de experimentação e de autoconhecimento. "Tenho muita preguiça de regras de gênero como um todo, se já transgredi o gênero com a minha transição, porque vou ceder a essas regras agora?", questiona.

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