MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 20 de junho de 2023

Novas soluções são necessárias e urgentes para combater o tabagismo em todo o mundo

Especialistas se reúnem na Polônia para o Fórum Global sobre Nicotina, que acontece de 21 a 24 de junho 

Especialistas internacionais em saúde pública, cientistas, médicos, reguladores, consumidores e fabricantes estão reunidos esta semana em Varsóvia, capital polonesa, para discutir novos modos de combater as mortes e as doenças relacionadas ao tabagismo no mundo. Durante quatro dias, 70 palestrantes e centenas de representantes no décimo e anual Fórum Global sobre Nicotina se concentram na redução de danos do tabaco, o que incentiva aos adultos que não conseguem parar de fumar a mudar para produtos com nicotina menos prejudiciais. 

Apesar de décadas de esforços no controle do tabaco, um bilhão de pessoas ainda fumam em todo o mundo, com oito milhões de mortes relacionadas ao tabagismo a cada ano. Quatro em cada cinco fumantes vivem em países de baixa e média renda, menos capazes de lidar com a carga resultante da doença, e o tabagismo é uma das principais causas de desigualdades em saúde em países de renda mais elevada. As milhares de toxinas liberadas no momento da queima do tabaco causam doenças relacionadas ao tabagismo, e não à nicotina, que é uma substância de risco comparativamente baixo. 

Cigarros eletrônicos (conhecidos como vapes), 'snus' pasteurizados, bolsas de nicotina e produtos aquecidos de tabaco permitem que as pessoas usem a nicotina sem queimar o tabaco, reduzindo significativamente os riscos à saúde, em comparação com o fumo contínuo. Estimativas globais sugerem que 112 milhões de pessoas usam esses produtos, apesar de regulamentações inconsistentes e da proibição total em alguns países. A prevalência do tabagismo está caindo mais rapidamente onde esses produtos estão disponíveis e devidamente regulamentados, como no Reino Unido, Suécia, Japão e Nova Zelândia. No Brasil, são 2,2 milhões de consumidores (Ipec), expostos a um produto 100% proveniente do contrabando já que é proibido pela Anvisa desde 2009.  

O GFN23 aborda as oportunidades e os desafios da redução dos danos do tabaco, incluindo o desenvolvimento de sistemas regulatórios que permitam aos fumantes adultos acessar produtos mais seguros, reduzindo, ao mesmo tempo, a absorção pelos mais jovens. Aberto a todos, as sessões gratuitas do evento, transmitidas ao vivo, traduzidas do inglês para o espanhol e russo, abordam a última década da ciência em torno de produtos de nicotina mais seguros e sua eficácia na cessação do tabagismo, o impacto ambiental de produtos mais seguros em comparação com os cigarros combustíveis e o impacto prejudicial de posturas morais e ideologia na ciência e na regulamentação. 

Embora apoie a redução de danos para a prevenção do HIV/AIDS e o uso de substâncias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se opõe à redução de danos para o tabaco. Especialistas ibero-americanos no GFN23 discutirão a próxima Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco COP10 no Panamá em novembro deste ano, onde as decisões sobre o futuro de produtos de nicotina mais seguros podem ter graves implicações para a saúde pública global. 

Antes do GFN23, Gerry Stimson, professor emérito do Imperial College London e cofundador do evento, solicitou aos líderes internacionais de controle do tabaco que adotassem abordagens racionais e pragmáticas que priorizem salvar vidas: “A ideologia deve ser deixada de lado e as pessoas devem ser apoiadas para parar de fumar por todos os meios disponíveis”. 

O Fórum Global sobre Nicotina (GFN) é a única conferência internacional que se concentra no papel de produtos de nicotina mais seguros, que ajudam as pessoas a 'alternarem de fumar', em uma abordagem chamada redução de danos do tabaco. Saiba mais e inscreva-se para assistir às sessões online gratuitamente pelo link. 

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