Rosa Caldeira - Foto de Luiza Calagian
Fotos em alta de Rosa Caldeira: https://drive.google.com/drive/folders/1XSob_qeUyELn-RIKu61TfkrIJ0P1YEQZ?usp=sharing
Frames e pôster do filme ‘Anba dlo’:
https://drive.google.com/drive/folders/1YCPVT6SENgUGJ_ODUnfYgvokEoCD0lIw?usp=sharing
O cinema brasileiro tem mais motivos para comemorar. O cineasta e roteirista paulista Rosa Caldeira teve o seu curta “Anba dlo”, uma co-produção Brasil, Cuba e Haiti, em que assina direção, roteiro e co-produção, escolhido para concorrer na Berlinale Shorts, a competição oficial de curtas do Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale),
um dos maiores e mais prestigiados festivais de cinema do mundo, sendo o
único filme brasileiro na disputa. O anúncio foi realizado nesta
segunda (13).
Rosa Caldeira ainda participará da Berlinale Talents, uma plataforma internacional de networking e
de desenvolvimento de talentos voltada para profissionais emergentes da
indústria cinematográfica, criada pelo Festival de Berlim em 2003.
Formado em Sociologia e especializado na Escuela Internacional de Cine y
TV (EICTV), em Cuba, Rosa é cineasta da favela de São Paulo e já
dirigiu e roteirizou filmes, videoclipes de artistas como Irmãs de Pau e
campanhas para grandes empresas como Latam, Amazon, Ambev e Mercado
Livre. Transporta para os seus filmes suas vivências periféricas e
transmasculinas. Também é um dos fundadores da APTA (Associação de
Profissionais Trans do Audiovisual):
“Recebi
a notícia de que o filme tinha sido selecionado e custei a acreditar. É
um dos festivais mais importantes do mundo, com mais de 5 mil inscritos
só na nossa categoria, e apenas 20 selecionados”, comemora o diretor e roteirista.
Sendo
um artista de origem periférica, Rosa tem ainda mais motivos para
celebrar a escolha do curta, co-dirigido e roteirizado com a cineasta
Luiza Calagian e produzido pela Ursana Filmes, Maloka Filmes, Mata
Fechada Filmes e Kinolakay.
“O
universo das artes é elitista e excludente, então essa seleção já é um
prêmio enorme. É uma validação para a carreira de qualquer um,
especialmente para mim, um cineasta trans e favelado. Mesmo com prêmios e
conquistas que muitas pessoas com mais sobrenome, dinheiro e acessos
não conseguiram alcançar, ainda sinto que tenho que me provar o tempo
todo. Espero que o Brasil veja essa vitória como merece: um símbolo da
qualidade e da vanguarda artística de artistas dissidentes das favelas e
quebradas”, escancara.
Seu
filme anterior, “Perifericu”, recebeu mais de 35 prêmios e foi exibido
em cerca de 200 festivais, incluindo o Festival de Tiradentes e o
Curta-Kinoforum. Rosa também já participou do Festival de Málaga,
Festival de Locarno, da renomada oficina de roteiro do Cine Qua Non Lab,
no México, e do Festival de Cannes com o projeto Ocupatrans.
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