Salvador (BA), 10 de janeiro de 2025
- O Banco do Nordeste (BNB) alcançou a marca histórica de R$ 1 bilhão
em investimentos na bovinocultura de leite baiana nos últimos três anos.
Somente em 2024, os recursos aplicados na atividade aumentaram em 32%
quando comparados ao ano anterior, alcançando R$ 438 milhões, e
impactaram a produção de leite no estado, que, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a maior do
Nordeste e a sétima do país com mais de 130 milhões de litros de leite
cru até o terceiro trimestre de 2024. De
acordo com informações do Escritório Técnico de Estudos e Pesquisas
Econômicas do Banco do Nordeste (Etene), o BNB tem impulsionado a
atividade da bovinocultura de leite em toda área de atuação, a partir
dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE),
com maior percentual de investimentos (92% do total) na região
semiárida. Somente até novembro de 2024, o Etene aponta que houve
aumento de 9% nos investimentos do setor, quando comparado ao mesmo
período do ano passado, sendo 6,9% na Bahia. Metade
desses recursos foram aplicados em onze territórios de identidade onde a
atividade da bovinocultura de leite é trabalhada pelo Programa de
Desenvolvimento Territorial do BNB (Prodeter). São eles: Bacia do
Jacuípe, Bacia do Rio Corrente, Bacia do Rio Grande, Itaparica, Litoral
Sul, Médio Sudoeste, Piemonte da Diamantina, Piemonte do Paraguaçu,
Semiárido Nordeste II, Sertão Produtivo e Sudoeste Baiano. A
gerente de desenvolvimento territorial do Banco do Nordeste na Bahia,
Marilda Galindo, explica como funciona o Prodeter. “O programa atua de
forma estratégica com ações complementares ao crédito, com estruturação,
fortalecimento das atividades produtivas, introdução de novidades,
melhorias e soluções criativas em produtos, serviços ou modelos
negociais, de modo que aumente a competitividade da produção no
território e gere maior valor agregado por meio de estratégias
inovativas”, explica a gestora. Ela pontua ainda a importância das
parcerias com diferentes instituições para fortalecimento da governança
em cada território, que contribui para alavancar as atividades
priorizadas. Dentre as estratégias
inovativas, é possível citar a integração vertical, que consiste na
expansão das operações ao longo dos elos da cadeia produtiva,
proporcionando ao produtor a ampliação das receitas. O modelo, além de
desenvolver o território, direciona ao crédito orientado. É
o caso do produtor Roque Machado, no território Piemonte do Paraguaçu,
que produzia leite e queijo na fazenda Queimada do Chiquinho, no
município de Macajuba, porém não conseguia comercializar de forma
regular os produtos por não atender completamente às exigências
sanitárias. Com acesso a palestras, treinamentos e dias de campo
promovidos pelo Prodeter, ele conseguiu crédito com o Banco do Nordeste
para adequar o laticínio, alcançou o Selo de Inspeção Municipal com o
apoio do Consórcio Chapada Forte e, hoje, comercializa toda a produção
de queijo via modelo B2B (business to business), ou seja, vendendo diretamente para empresas do ramo alimentício.
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