MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 11 de agosto de 2024

Sesc Digital e Instituto Mojo lançam segunda edição do projeto Literatura Livre com 15 e-books gratuitos

 

 

Sesc Digital e Instituto Mojo lançam segunda edição do projeto Literatura Livre com 15 e-books gratuitos

Link para imagens: https://drive.google.com/drive/folders/1VoJPReSuPsufqQ-Ft8WAixJVc7hYI320

 

Está no ar a segunda edição do projeto Literatura Livre, fruto de uma parceria entre o Sesc São Paulo e o Instituto Mojo de Comunicação Intercultural, que promove o acesso gratuito a obras clássicas da literatura mundial em tradução direta do idioma original. 

 

As obras estão disponíveis nos sites https://literaturalivre.sescsp.org.br/ e https://mojo.org.br. A partir do dia 19 de agosto, na Amazon e demais plataformas comerciais. 

 

A biblioteca digital desta segunda edição conta com 15 e-books em traduções do espanhol, japonês, inglês, italiano, russo, francês, alemão e árabe de livros em domínio público. A curadoria privilegiou a diversidade cultural e linguística das obras e autores, com nomes de destaque da literatura ocidental, como George Orwell, Franz Kafka e Katherine Mansfield, com especial atenção à literatura latino-americana com livros de Roberto Arlt, Horacio Quiroga e Clemente de Palma, além de contos e lendas da tradição árabe, crônica japonesa e um clássico da literatura russa. É possível ler ou baixar gratuitamente os livros nos formatos ePub e PDF – compatíveis com todos os dispositivos, do computador aos celulares, tablets e leitores digitais.

 

Os títulos que integram o projeto Literatura Livre estão em domínio público e esta é uma de suas principais características. Até mesmo as capas, produzidas pelo artista Chris M. Brito para o projeto, são criadas por meio de colagens a partir de bancos de imagens em domínio público.

 

A primeira edição, realizada em 2021, viabilizou o acesso gratuito a outros 14 e-books com obras representantes dos movimentos migratórios que participaram da formação cultural do Brasil. Os livros estão disponíveis gratuitamente para leitura e download nos sites oficiais do projeto, do Sesc Digital e do Instituto Mojo e também em plataformas comerciais como a Amazon, sempre de forma gratuita. Autores importantes como Joseph Conrad, Clorinda Matto de Turner e Jonathan Swift, além de coletâneas de contos africanos e chineses estão entre os escolhidos da curadoria de estreia.

 

A realização do projeto Literatura Livre integra a política do Sesc São Paulo de acesso gratuito a bens culturais no ambiente digital. Agora com 29 títulos, esse conjunto de obras literárias ainda é matéria-prima para alimentar novas programações em unidades físicas do Sesc, como também da sociedade como um todo, uma vez que o conteúdo distribuído é livre. Além disso, o projeto reforça os valores de sustentabilidade e de inovação defendidos pelo Sesc em suas ações.


As obras estão disponíveis pelo link:  https://literaturalivre.sescsp.org.br/ 

  

Conheça as obras da segunda temporada: 

 

Contos malévolos (Cuentos malévolos, 1904)

Clemente de Palma (1872–1946)

Tradução: Camille Pezzino

 

Com pesadas críticas à religião e ao modelo filosófico medieval em voga na época, Palma mistura passado, futuro e diferentes culturas, criando uma literatura ficcional comparável a de grandes nomes como Edgar Allan Poe, H. G. Wells, Horacio Quiroga e Machado de Assis.

 

Livro do tigre e do raposo (Kitāb Annamir wa Aṯṯaclab, séc. 8-9)

Sahl Bin Hārūn (m. c. 830 d.C.)

Tradução: Mamede Jarouche 


Produzido por influência do clássico árabe Kalīla e Dimna, considerado por muitos como o precursor da obra de Maquiavel, o Livro do tigre e do raposo é um elogio à astúcia e à sagacidade. Um fabulário político que realça seu tom islâmico ao trazer versos de poetas da tradição árabe e não poupar o uso de provérbios, que almejam contribuir com a formação moral e cultural dos indivíduos.

 

Na baía (At the bay, 1922)

Katherine Mansfield (1888–1923)

Tradução: Carol Chiovatto 


Esta obra é considerada o melhor e mais maduro trabalho da autora, um exemplo luminoso de seu impressionismo literário. A história narra o cotidiano das mulheres e das famílias de colonos em uma praia da Nova Zelândia, as cooperações, dilemas e conflitos entre seus habitantes.

 

A bota de ferro (The iron heel, 1908)

Jack London (1876–1916)

Tradução: Ricardo Giassetti

 

Do autor do célebre Caninos brancos, este livro é uma das principais distopias políticas do século 20 e conquistou admiradores como Leon Trotski, para quem o autor abriu mão de recursos estilísticos privilegiando "análise e prognóstico sociais". O ponto de partida desta história é a descoberta, num futuro distante e utopicamente harmonioso, de um manuscrito redigido em 1932. O texto relata uma insurreição da classe trabalhadora que teria ocorrido entre 1914 e 1918 e que seria a responsável direta pelo estado de equilíbrio social em que o personagem vive no futuro.

 

Avatar (Avatar, 1856)

Théophile Gautier (1811–1872)

Tradução: Bruno Anselmi Matangrano

 

Uma das obras pioneiras da ficção-científica moderna, Avatar conta a história da paixão de Octave de Saville pela condessa Prascovie Labinska. O conflito se dá quando ela rejeita o pretendente e permanece fiel ao marido, o conde Olaf, ocasionando em Octave um estado progressivo de depressão. Seus amigos e parentes recorrem a um médico peculiar e enigmático, o doutor Balthazar Cherbonneau, que se oferece para trocar a mente de Octave com a de Olaf usando de seus conhecimentos ancestrais.

 

Xingu (Xingu, 1916)

Edith Wharton (1862–1937)

Tradução: Adriana Zoudine

 

Essa história, ambientada no início dos anos 1900, é uma sátira social. Um grupo de distintas senhoras da alta sociedade de uma pequena cidade se reúne mensalmente para o que elas chamam de “Almoço Erudito”. Certa vez, uma famosa escritora que está de passagem pela cidade é convidada a participar. No entanto, o que prometia ser um momento perfeito para as madames exibirem sua bagagem cultural e, principalmente, suas coleções de arte e posses materiais, acabou não saindo como o planejado. A obra expõe as entranhas de uma suposta elite intelectual, que, na verdade, é fútil e alheia à realidade do mundo, interessada apenas em criar e viver em sua própria bolha social.

 

Gravuras cariocas (Aguafuertes cariocas, 1930)

Roberto Arlt (1900–1942)

Tradução: Camille Pezzino

 

Este livro é composto por 40 crônicas escritas pelo argentino Roberto Arlt durante uma breve estadia no Rio de Janeiro, em 1930. Com valor literário, histórico e sociológico, elas são consideradas por muitos como o melhor extrato de sua farta produção jornalística e um retrato muito lúcido e crítico do Brasil daquela época. Alguns textos colocam Buenos Aires e a sociedade argentina como o contraponto moderno e civilizado ao atraso do Brasil e de sua capital à época. 

 

O retorno (Возвращение, 1946)

Andrei Platonov (1899–1951)

Tradução: Francisco de Araújo

 

A obra narra a história do capitão Aleksei Ivanov, que se prepara para voltar para casa ao fim da Primeira Grande Guerra, após muitos anos longe da família. Sua esposa o aguarda ansiosa, seu filho mais velho se tornou o homem da casa antes do tempo e sua filha mais nova sequer se lembra dele. A distância e o sofrimento tiveram efeitos diferentes em cada um dos membros da família e o reencontro não é um grande alívio para todos. 

 

A metamorfose (Die Verwandlung, 1915)

Franz Kafka (1883–1924)

Tradução: Giovane Rodrigues

 

“Certa manhã, ao acordar de sonhos inquietos, Gregor Samsa se viu em sua cama transformado num imenso inseto” – talvez este seja o início de livro mais famoso do mundo. É assim que Kafka abre sua obra mais conhecida: a história de um jovem que, transformado da noite para o dia em um inseto gigante, torna-se um objeto de desgraça para sua família, um forasteiro em sua própria casa, um homem essencialmente alienado. 

 

O ventre de Nápoles (Il ventre di Napoli, 1884–1905)

Matilde Serao (1856–1927)

Tradução: Luciana Cammarota

 

A jornalista italiana Matilde Serao inovou com uma obra híbrida, que mescla investigação jornalística, crônica de costumes e observação sociológica para descrever e analisar as contradições de uma cidade repleta de belezas, mas também assolada por inúmeros problemas, como a ausência do Estado no planejamento urbano, no acesso ao emprego e à alimentação adequada, bem como na gestão do orçamento público.

 

O boneco raivoso (El juguete rabioso, 1926)

Roberto Arlt (1900–1942)

Tradução: Ricardo Giassetti

 

O “boneco” do título é o próprio protagonista, Silvio Astier, que se vê predestinado a pertencer para sempre à classe baixa, sem perspectivas de uma vida melhor. Aqui e ali, ele se envolve em pequenos furtos e frequenta subempregos, sem nunca se livrar de um impasse dramático: o vislumbre de outros mundos alcançado por meio da literatura e a desilusão com as estruturas estabelecidas das classes sociais, que impedem um jovem de escolher sua profissão. 

 

Contos da selva (Cuentos de la selva, 1918)

Horacio Quiroga (1878–1937)

Tradução: Ricardo Giassetti

 

A selva é o cenário e o personagem onipresente dessas histórias. Aqui encontramos uma coletânea de fábulas que remetem às Mil e uma noites e a O livro da selva, de Kipling. Embora tenham em si os cenários conhecidos da selva sul-americana, aparecem alguns convidados inusitados como flamingos, tartarugas gigantes e tigres.

 

Contos de amor de loucura e de morte (Cuentos de amor de locura y de muerte, 1917)

Horacio Quiroga (1878–1937)

Tradução: Renato Roschel e Adriana Zoudine

 

Contos de amor de loucura e de morte (sem vírgulas, por demanda do autor) foram publicados originalmente na aclamada revista “Caras y Caretas”. E o título do livro é auto explicativo, revelando o fascínio do autor pelos temas da morte, dos enlaces amorosos e do sobrenatural. Apesar de o compararem com frequência a Edgar Allan Poe, sua originalidade está no olhar sobre a natureza e o cotidiano. A sensação é de que estamos presenciando episódios como observadores de dentro da mente dos personagens.

 

Mil novecentos e oitenta e quatro (Nineteen eighty four, 1949)

George Orwell (1903–1950)

Tradução: Ricardo Giassetti

 

O trabalho diário do protagonista Winston Smith é criar notícias falsas e distorcer a verdade em benefício da classe dominante, alterando a memória dos cidadãos e mantendo a classe trabalhadora na ignorância e na amnésia geracional. Qualquer semelhança com o fenômeno atual das fake news e da polarização política é mera coincidência. Este livro é um assombro justamente pela quantidade de situações que o autor foi capaz de antever. Publicado pela primeira vez em 1949, o livro Mil novecentos e oitenta e quatro é, em suma, uma crítica inflamada ao totalitarismo nazista e stalinista e também ao excepcionalismo estadunidense e ao colonialismo britânico.

 

Hōjōki (方丈記, 1212)

Kamo no Chōmei (1155–1216)

Tradução: Nana Yoshida


Grande obra de testemunho literário do Japão medieval, Hōjōki é uma curta crônica social em que o autor busca seu lugar no mundo regido pelo princípio da impermanência, afastando-se da antiga capital Heiankyō, atual Kyoto, assolada por uma série de calamidades no final do século 12, e isolando-se nas montanhas. Ao construir uma cabana rústica e eliminar o desejo, o poeta e inja, retirado budista, acreditava que seria poupado da angústia que se abateu sobre os habitantes da cidade. No entanto, o autor é consumido pela dúvida, questionando sua própria sanidade e a integridade de seu propósito. Sua voz vem do passado distante e fala diretamente ao coração, surpreendentemente moderno e intensamente humano. A nitidez das tradições do passado e as calamidades presentes no cotidiano dos cidadãos transformam o futuro em uma névoa indissolúvel, misteriosa e desalentadora; ao mesmo tempo, o autor enaltece o limiar da vida em acontecimento. Embora idoso e solitário, seus pequenos prazeres e memórias mantêm a chama de sua alma viva.


 


Sobre o Instituto Mojo de Comunicação Intercultural

Desde 2006, a Mojo aproxima pessoas por meio da criação de ambientes de afinidade e de projetos para o desenvolvimento das habilidades cognitivas essenciais para o cenário socioeconômico atual e futuro. O programa de obras literárias traduzidas da Mojo disponibiliza livros em domínio público gratuitamente em formato digital bilíngue. São mais de 100 títulos traduzidos até o momento, com mais de 10 milhões de downloads.

Saiba mais: https://mojo.org.br/



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Saiba mais: sescsp.org.br/sescdigital e sescsp.org.br/ead




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