Pegar
a estrada faz parte da rotina do setor de logística da saúde, para
levar medicamentos, vacinas e insumos a hospitais, com rapidez e
segurança. Na RV Ímola, empresa de logística da saúde,
em São Paulo, algumas mulheres caminhoneiras desempenham essa função,
como Sueli dos Santos e Cléo Prates. Ambas têm em comum a influência
paterna na profissão.
Divorciada
e mãe de três filhos, Sueli é motorista há 26 anos e descobriu cedo o
gosto pela profissão: o pai, Pedro Menezes dos Santos, foi carreteiro e
ensinou direção a ela e ao irmão, Anderson – que também se tornou
motorista. “Eu me tornei motorista por amor à profissão do meu pai”,
conta.
Sueli
sente orgulho do pai e lamenta não poder mais dizer isso a ele. Pedro
morreu há alguns anos, de infarto, enquanto conduzia seu caminhão, pelo
Estado de Goiás. “Tive um pai que viveu na estrada, trabalhou muito e
faleceu do jeito que ele sempre falava que queria: no volante”, conta
Sueli. “Fomos avisados pela Polícia Rodoviária”.
Enquanto
infartava, Pedro ainda teve tempo de puxar o “maneco” (freio de mão) e
parar o veículo, para evitar um acidente. “Até na hora de morrer, meu
pai foi prudente e responsável. Então, o que falar de um homem desses?
Eu me emociono porque tenho muitas saudades, ele foi o meu ídolo”,
afirma.
Mas,
se há tristeza pela ausência paterna, Sueli sabe que Pedro lhe deixou o
amor pela profissão. Uma das grandes emoções de Sueli como caminhoneira
foi no período da pandemia da Covid. “Transportei vacinas para muitos
municípios paulistas, como Cotia, Registro, Avaré e Tatuí. Na pandemia,
trabalhamos muito e vimos muitas situações tristes, mas com esperança no
coração, pois a gente levava as vacinas”, recorda.
“Profetizou”
Cléo
começou a dirigir caminhões em 2009 e a influência paterna também
pesou: seu pai, Alfredo Cardoso Prates, foi motorista de ônibus. De
Alfredo, falecido há três anos, Cléo guarda algumas fotos e boas
recordações.
“A
mais marcante foi quando ele precisou fazer um fretado e me levou nessa
viagem. Eu tinha uns 12 pra 13 anos. Ele me pôs no banco do motorista,
me indicou as marchas pra tirar o carro do lugar e eu levei o caminhão
por uns 200 metros. Aquilo, pra mim, foi surreal”, lembra.
Cléo
conta que Alfredo, com muito orgulho, dizia sobre ela: "Essa tem o
sangue de motorista!”. Hoje, Cléo não apenas segue sua profissão como
prefere dirigir veículos grandes. “Parece que meu pai profetizou”. E,
antes de chegar na RV Ímola, Cléo experimentou, a exemplo do pai, ser
motorista de ônibus por um período. “Quando fui fazer o teste, me
lembrei de meu pai logo quando entrei na garagem da empresa e vi aquele
monte de ônibus ali”.
Casada,
mãe de duas filhas e já avó, Cléo dirige na capital paulista e sabe que
a responsabilidade é grande: precisa ter noção de tamanho do veículo e
uma das dificuldades são as vias com trânsito sempre intenso, onde é
proibido parar. “No primeiro dia que dirigi um caminhão, tive medo”,
revela. “Mas fui pegando confiança com o tempo”.
“Não
tenho nem palavras, adoro essa profissão. Eu amo”, resume Cléo. Sueli é
da mesma opinião: “A sensação de estar atrás do volante é maravilhoso, é
uma paixão”.
Sobre a RV Ímola
A
RV Ímola é especializada em operações logísticas na área da saúde. Com
cerca de 1.300 colaboradores e sede na cidade de Guarulhos (SP), a
empresa armazena e transporta medicamentos, insumos, materiais
biológicos e vacinas, além de outros produtos para indústrias,
laboratórios de análises clínicas, hospitais, clínicas e órgãos
governamentais. Além de três unidades em São Paulo, a RV Ímola ainda
possui bases nos Estados do Rio de Janeiro, Pará, Santa Catarina,
Pernambuco e Ceará.
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