Modalidades podem ser vantajosas para comprar primeiro imóvel ou para alavancagem patrimonial
Poupar
não faz parte da realidade do brasileiro. A dificuldade, que já se
tornou cultural, faz com que a maioria das pessoas não consiga guardar
dinheiro para comprar sua casa própria, carro ou qualquer outro bem de
valor elevado. E os dados confirmam isso: 69% da população não consegue
guardar dinheiro no final do mês, de acordo com um levantamento da
Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o Instituto FSB
Pesquisa.
A
mesma pesquisa ainda mostra que 44% dos entrevistados afirmam que a
renda é suficiente para pagar as contas, mas que não sobra dinheiro.
Como fazer esse dinheiro sobrar para adquirir um bem, então? Existem
várias formas, mas, entre elas, as mais conhecidas são os investimentos,
os consórcios e os financiamentos:
Investimento em renda fixa ou variável
A
renda fixa é basicamente um empréstimo que você faz ao órgão emissor
daquele título de investimento e recebe juros pelo dinheiro emprestado.
Ela pode ser pré ou pós-fixada, e o investidor recebe o dinheiro com os
juros no prazo de vencimento do investimento.
Na
renda variável, o cenário muda um pouco, já que o valor investido e a
rentabilidade não são pré-definidos, como na renda fixa. As ações são os
exemplos mais clássicos de renda variável, já que seus valores mudam
constantemente. Ao investir seu dinheiro em uma empresa, com as ações, o
investidor não está realizando um empréstimo, ele está se tornando
sócio da empresa. Nesse caso, os ganhos são pelos lucros, que dependem
de como aquela empresa está no momento. Se ela estiver lucrando bem, o
investidor ganha mais, se não, ele ganha menos. A renda variável tem um
risco maior que a renda fixa, mas nela, você também pode encontrar
rentabilidades maiores. Vale a pena arriscar mais para obter maiores
ganhos, de acordo com o seu perfil de investidor?
Consórcio
A
forma de autofinanciamento foi desenvolvida no Brasil e é usada por
milhões de pessoas para adquirir imóveis. Na modalidade, a
administradora do consórcio reúne um grupo de pessoas que têm o objetivo
de adquirir o bem e elas guardam dinheiro juntas todos os meses. A cada
mês, o valor das parcelas pagas por todos os participantes do grupo é
usado para que pelo menos um deles faça a aquisição, até que todos
tenham sido contemplados, ou seja, cada integrante paga uma fração do
imóvel e o sorteado recebe uma carta de crédito no valor definido no
começo do consórcio e pode usar para comprar o imóvel.
"As
pessoas que falam mal do consórcio, na grande maioria das vezes, não
tiveram um bom atendimento, não tiveram um consultor preparado que
soubesse explicar ou entender o momento e o objetivo do cliente. Assim,
mesmo que essa pessoa adquira o consórcio, ela não paga a parcela em
dia, não consegue dar um lance e não consegue assessoria nenhuma, nem
para retirar o crédito", explica João Torre, especialista e
influenciador de consórcios no Brasil e fundador da S&I
Investimentos.
Financiamento
O
financiamento é basicamente uma compra parcelada de um bem, produto ou
serviço, em que a instituição financeira (bancos, financeiras, etc) paga
o valor total ao vendedor e parcela o valor acrescido de juros e outros
encargos ao comprador. É bem parecido com o empréstimo, porém,
enquanto no empréstimo pegamos o dinheiro em mãos (e destinamos ele ao
que bem entendemos), no financiamento, pegamos diretamente o que
compramos e as transações monetárias são feitas diretamente pelo banco.
As taxas de financiamento podem ser relativamente altas e podem variar
em torno de 4,5% ao mês. É importante prestar atenção não somente nas
taxas de juros, mas no CET (Custo Efetivo Total), que também inclui
todos os outros encargos.
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