MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 1 de setembro de 2019

Um ano da facada que abalou uma eleição

POLITICA LIVRE
Foto: Estadão
Jair Bolsonaro foi esfaqueado no dia 6 de setembro de 2018
Um dos mais lamentáveis episódios da política brasileira completa um ano na próxima semana. De acordo com a coluna Estadão, quem convive com Jair Bolsonaro diz que ele nunca mais foi o mesmo depois da facada: o ataque desferido por Adélio Bispo naquele 6 de setembro deixou marcas profundas no presidente e o receio permanente com a aproximação de fãs e apoiadores em agendas previamente divulgadas, sempre uma oportunidade para ataques planejados. O presidente mantém o ímpeto de se misturar com o povo, mas, com frequência, ele mesmo se contém, diz um auxiliar. Recentemente, Bolsonaro decidiu entrar na arena da Festa do Peão de Barretos, interior de SP. Foram minutos de tensão da equipe de segurança, afirma a publicação. No entorno de Jair Bolsonaro, quase ninguém está convencido com a conclusão do inquérito da Polícia Federal de que Adélio Bispo, com transtornos mentais, agiu sozinho. Os mais próximos enxergam “muitos indícios” no sentido contrário. Um ano após a tentativa de homicídio, o mundo da política ainda se pergunta: qual foi a importância do episódio na vitória de Jair Bolsonaro? Não há consenso se ele foi ou não determinante, mas é certo que teve grande peso. “Bolsonaro saiu de 20% para 30% das intenções de voto nos sete dias após a facada. Esse crescimento foi ainda maior entre os que responderam que viram alguma notícia sobre o fato e o avaliaram como ‘inaceitável”’, aponta Felipe Nunes, da Quaest Pesquisa e Consultoria. “Depois da facada, a campanha negativa contra Bolsonaro cessa espontaneamente; os 43 segundos de programa eleitoral dele se transformam em 24 horas de cobertura e o fã-clube do candidato ganha conteúdo emocional para multiplicá-lo nas redes”, completa Nunes. Carlos Mello, cientista político, diz que a eleição de Bolsonaro se deu por conjunção de fatores: “A facada teve importância ao vitimizar o candidato que pôde, desde então, se agarrar à teoria conspiratória. Mas não creio que o episódio foi determinante para a vitória dele”.
Estadão

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