MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de agosto de 2019

No Brasil e no mundo, predomina hoje o clima arcaico e patético de “nós contra eles”


Resultado de imagem para nós contra eles charges
Charge do Nani (nanihumor.com)
Pedro Meira
Acho que foi o presidente americano John Adams que disse que democracias acabam cometendo suicídio, em algum momento. É essa a realidade que vivenciamos, e não só no Brasil. Na matriz USA, há muito que democratas e republicanos se tornaram incapazes de diálogo, e não vai ser uma eventual não reeleição de Trump que vai resolver o problema.
O clima de “nós” contra “eles” está se espalhando em boa parte do mundo, porque partidos não brigam mais por quaisquer causas com base nas quais possa haver entendimento, mas apenas por poder e pelas benesses resultantes.
TUDO PELO PODER – O objetivo passou a ser chegar ao poder, ficar nele perpetuamente e obter os ganhos respectivos, e para isso vale qualquer coisa no objetivo de destruir a concorrência. É preciso incitar o ódio aos adversários, para manter as claques motivadas e empenhadas na briga pelo poder.
Aqui no Brasil, o principal culpado pela criação desse clima foi o mesmo o PT, que acabou ensinando esse padrão de comportamento a seus rivais. O PSDB foi terrível no poder, mas em 2002 deixou o governo com uma sobriedade de que o PT nunca foi capaz em seus momentos de revezes. O petismo sempre deslegitimou e achincalhou tudo que não era ele mesmo.
Agora, nos defrontamos com as investidas contra a força-tarefa da Lava Jato, o ex-juiz Sérgio Moro e os auditores ficais do Conselho de Controle das Atividades Financeiras.
FORA DA LEI – O que se pretende, sem a menor dúvida, é que autoridades constituídas não devem investigar crimes ou cumprir a lei, devem apenas servir de instrumento ou então de alvos passivos para grupos políticos com interesses escusos. Da mesma forma, marginais mancomunados com cúmplices que tenham acesso à mídia devem ser livres para “interceptar” a vida de qualquer um que contrarie a ganância dos poderosos, tudo isso em nome do “interesse público”, da “liberdade de expressão” ou de qualquer outra expressão bonita que inventem.
As tentativas de desqualificar Moro e a Lava Jato extrapolaram todos os limites do ridículo. Demandar que as pessoas levem a sério gente como o atual presidente da OAB, Gleisi Lula Hoffmann, Jacques Wagner e determinados ministros do Supremo, com suas absurdas acusações, chega a ser mais aviltante que os crimes investigados pela Lava Jato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário