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sábado, 31 de agosto de 2019

BA recebeu maioria dos imigrantes estrangeiros

imigrantes
28.Agosto.2019 JORNAL A REGIÃO

BA recebeu maioria dos imigrantes estrangeiros

que qualquer outro estado do Nordeste entre 2000 e 2017. Dos 117.900 imigrantes internacionais registrados que se instalaram na região, 36.200 se instalaram na Bahia. Em segundo lugar, vem o Ceará, recebendo 26.400 deles.
Os dados são do estudo “Atlas Temático: Observatório das Migrações em São Paulo e Observatório das Migrações no Estado do Ceará – Migrações Internacionais na Região Nordeste”, que foi lançado nesta quarta-feira, 28, na Universidade Salvador (UNIFACS).
Além de fornecer dados gerais sobre os imigrantes registrados no país, o “Atlas Temático” mostra que, entre 1994 e 2019, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça recebeu 178 mil solicitações de refúgio.
Neste mesmo período, 1.639 solicitações foram oriundas do Nordeste, sendo 894 do Ceará e 232 da Bahia. A maioria das pessoas que solicitaram refúgio na região são, de acordo com o documento, de Venezuela e Cuba, países que enfrentam crises graves.
Rota consolidada
O Brasil se consolidou na rota das migrações internacionais a partir do início deste século, com a chegada de 1,1 milhão de pessoas no período de 17 anos avaliado pelo estudo. Terceira região com maior concentração de fluxo migratório, o Nordeste atraiu, principalmente, os europeus.
Eles que correspondem à quase metade dos países de origem analisados, com um total de 52.500 pessoas. A publicação da Unicamp destaca que uma possível justificativa para isso passa pelas “especificidades turísticas da região e de investimentos do capital transnacional”.
O estudo permite traçar uma nova face do fenômeno migratório no Nordeste, de forma a dar visibilidade às pessoas que fazem parte deste fenômeno, promovendo e garantindo seus direitos humanos durante a permanência nas cidades.
O resultado é um compilado heterogêneo, com maioria masculina (são 85 mil homens, no período), pessoas com diferentes profissões e grau de instrução, que vão de doutores até pessoas com poucos anos de escolaridade.
Dados importantes
O oficial de programa para População e Desenvolvimento do Fundo de População das Nações Unidas, Vinicius Monteiro, destaca a importância da proposta quanto ao aprofundamento de dados, que permitem compreender melhor o fluxo migratório no Brasil.
“As informações são de grande importância como subsídio para o trabalho do setor público nos diferentes níveis, para academia, sociedade civil e também organismos internacionais que trabalham com a temática, para uma atuação mais sensível junto à população migrante”.
“O UNFPA contribui com a produção de dados e evidências que podem orientar a administração pública no desenho de políticas de integração desses migrantes na sociedade, principalmente mulheres, mulheres gestantes, entre outras pessoas que são chave para nosso trabalho”, explica.
O documento foi produzido pelo Núcleo de Estudos de População 'Elza Berquó (Nepo), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

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