MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de agosto de 2019

Governo não deve pisar demais no freio, porque navegar é preciso, ter superávit, também


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Charge do Lezio Junior (revista IstoÉ)
Flávio José Bortolotto
O grande e experiente jornalista Pedro do Coutto chama atenção para o fato de que, para fomentar o crescimento econômico, o país necessita de “estabilidade política” e de “elevar o nível de consumo”, em suma, nós diríamos, precisa recuperar o “investment grade” (grau de investimento).
Os governos anteriores, incluindo a presidente Dilma Rousseff e Michel Temer, gastaram sempre mais do que arrecadavam e foram financiando o déficit primário, inflando a dívida pública até o limite, perdendo o “investment grade” e caindo mais três degraus, estando hoje em BB-.
AS DECISÕES – Para subir os três degraus e recuperar o grau de investimento, os governos Temer e Bolsonaro estabeleceram:
1- A emenda constitucional do Teto por 20 anos, com revisão no ano 10 (os Orçamentos só subirão a inflação do ano).
2- A “Regra de Ouro”, impedindo de elevar a dívida pública para financiar despesas correntes (todas as despesas, menos a financeira, para girar a dívida pública).
3- Reforma Trabalhista/Terceirização, Previdenciária, tributária/Simplificação-Uniformização etc.
4- Tudo que for necessário para aumentar nossa baixa produtividade do trabalho.
FALTAM RECURSOS – Nosso nível de investimento público e privado, praticamente todo privado, é hoje de 17% do PIB, sendo necessário no mínimo 25% do PIB, porque cerca de 10% do PIB é só para repor capital gasto nas operações normais da economia.
Essas medidas de “ajuste fiscal” para redução das despesas públicas tem um efeito inicial de reduzir o consumo, mas já estamos passando da fase crítica e a tendência daqui para a frente é melhorar.
É uma tarefa difícil equilibrar uma economia destrambelhada como estava a nossa, mas a pior parte já está feita.
SUPERAVIT PRIMÁRIO – Lembremos, porém, que até 2022 não podemos esperar o necessário e estratégico superavit primário, mas ele virá, fazendo com que as contas públicas sejam superavitárias antes do pagamento e amortização dos juros da dívida.
Não se pode porém “apertar demais” a austeridade, sob pena de causar mais danos do que benefícios. Temos que tentar mesmo com austeridade, que é necessária, um crescimento em 2019 de no mínimo 1% do PIB, sendo que melhor seria 2% do PIB, para haver melhoria na renda per capita.
De toda maneira, a lição de Pedro do Coutto é muito importante, porque nenhum governo deve pisar demais no freio.

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