MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 10 de agosto de 2019

Gilmar, o novo “queridinho” da mídia, prepara-se para melar a Lava Jato e soltar Lula


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Gilmar pensa (?) que já ganhou a parada, mas o jogo mal começou
Carlos Newton
Já houve tempo em que o ministro Gilmar Mendes era um dos mais odiados brasileiros sobre a face da Terra, a ponto de evitar sair às ruas e viajar em aviões de carreira, como dizia o Barão de Itararé quando pretendia alertar que havia algo estranho no ar. E agora certamente há motivos para estranheza, porque a mídia passou a ser francamente simpática a Gilmar Mendes, numa mudança de posição mais do que enlouquecida.
Por ser egresso da Era de Fernando Henrique Cardoso, o ministro Gilmar Mendes desde sempre mostrou ser adversário do PT, e a imprensa caía de pau nele, um verdade massacre. Mas recentemente houve uma mudança de rumos, Gilmar começou a defender a libertação de Lula e o jogo virou.
MUDANÇA DE RUMOS – O desvio de conduta começou a ocorrer quando a Lava Jato iniciou a caçada ao então vice-presidente Michel Temer, com a investigação das ligações dele com o empresário Joesley Batista e tudo o mais, inclusive as múltiplas armações do chamado quadrilhão do MDB, formado por Eliseu Padilha, Moreira Franco, Romero Jucá, Renan Calheiros, Jader Barbalho, Edison Lobão, Valdir Raupp & companhia, além de a Lava Jato encurralar chefões de outros partidos, como Agripino Maia, do DEM, Aécio Neves, do PSDB, e Ciro Nogueira, do PP, mostrando que a força-tarefa não protegia nenhuma facção da política.
Com a ousadia habitual, o ministro Gilmar Mendes, que tanto fez para incriminar Lula e outros integrantes do PT, de uma hora para outra mudou de postura. Foi visitar Michel Temer no Palácio Jaburu e logo depois, com um voto totalmente viciado, absolveu no Tribunal Superior Eleitoral a chapa de Dilma Rousseff e seu vice. Ao mesmo tempo, assumiu a defesa dos corruptos do PSDB e de todos os partidos, libertando qualquer um que caísse em sua relatoria, inclusive empresários como Eike Batista, Jacob Barata Filho e muitos mais.
Para culminar, mudou o voto anterior no Supremo, quando o alvo era preferencialmente o PT, passou a não mais defender a prisão após segunda instância, e desde então lidera a campanha para libertar Lula da Silva.
UM NOVO GILMAR – Com essa mudança de comportamento, Gilmar Mendes conseguiu uma façanha inacreditável. Era a figura mais odienta do pais. Não mais que de repente, como diria Vinicius de Moraes, a versão light do abominável ministro passou a ser poeticamente aceita e endeusada pela mídia, para qual qualquer um serve, desde que defenda Lula.
O xadrez da política então mudou inteiramente. Bolsonaro venceu a eleição, a mídia jamais o engoliu e agora está unida contra a Lava Jato, dando força à campanha do The Intercept, que em dois meses não conseguiu provocar concretamente nada, a não ser que autoridades dignas como Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, que são amigos há mais de 15 anos, na intimidade falam demais, comemoram suas vitórias e têm comportamentos infantis.
Mas nada disso é crime, nem de longe ficou provado algum conluio ou sentença conduzida. Pelo contrário, o juiz Moro absolveu muitos réus denunciados pela força-tarefa.
GILMAR, O PERSEGUIDO – Hoje, Gilmar Mendes reina na mídia. Apanhado na malha fina da Receita, junto com o amigo Dias Toffoli e suas respectivas esposas, por inconsistências nas declarações de renda e patrimônio, logo virou o jogo e conseguiu que a mídia os considerasse “perseguidos políticos” pela Receita e pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Além disso, os dois ministros deram um jeitinho brasileiro de blindar o senador Flávio Bolsonaro e o assessor Fabrício Queiroz, e assim colocaram em prática o tal pacto entre os poderes, que interessa sobretudo ao Legislativo, que reúne a maior quantidade de corruptos por metro quadrado construído pela empreiteiras.
Agora, Gilmar é o “queridinho” da mídia, já fala abertamente que Lula pode ser beneficiado pelos vazamentos do The Intercept e só falta ser aplaudido em cena aberta.

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