Foto: Ascom
Deputado estadual Capitão Alden (PSL-BA)
Dados divulgados no Atlas da Violência – Retratos dos
Municípios, apontam que Salvador é a 5ª capital com o maior número de
homicídios no Brasil e que, apenas na Bahia, se concentram cinco dos dez
municípios mais violentos do país: Simões Filho, Porto Seguro, Lauro de
Freitas, Camaçari e Eunápolis. Diante do cenário, o deputado estadual
Capitão Alden (PSL-BA) responsabilizou o governo pela ausência de
iniciativas no combate à violência local. “O governador tem sido omisso
em relação à realidade evidenciada, tanto nos estudos, quanto no
cotidiano. É lamentável que mesmo com tantos indícios de que é
necessária uma atenção especial aos números da segurança, Rui Costa
permaneça inerte. Exemplo disso é que o executivo não tem entregue
projetos sobre a matéria para discussão na Assembleia Legislativa”,
frisou o parlamentar responsável por protocolar 34 proposições, entre
projetos de lei e indicações, sobre segurança pública nos seus primeiros
seis meses de mandato.Além das taxas de violência pontuadas pelo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o material também sinaliza que nove facções atuam de forma efetiva no território baiano; na capital, a prevalência é do Bonde do Maluco (BDM), Comando da Paz (CP), Katiara e Caveira. Paralelo a isso, duas das maiores facções do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) buscam se associar a quadrilhas locais para o fornecimento de drogas e armas. Além dessas, há indícios de que haja ação de, pelo menos, três grupos nos bairros da Liberdade, São Caetano e Engomadeira: Ordem e Progresso (OP), Ajeita e Comando da Lajinha (CL), respectivamente.
O Capitão, que também é especialista em segurança pública e ficou conhecido nacional e internacionalmente ao criar, em 2012, a cartilha de Orientação Policial ‘Tatuagens: Desvendando Segredos’ – fruto de uma extensa pesquisa que aborda a relação entre desenhos e simbologias tatuados e a criminalidade –, destacou que a atuação desses grupos não vai cessar enquanto não houver a promoção de iniciativas que as inibam efetivamente. “Eles não trabalham de forma tímida. Estão infiltrados nas comunidades, bairros carentes e até mesmo em escolas. Ainda que não ajam diretamente no comércio de drogas, sendo essa atribuição dos grupos locais menores, as grandes facções são responsáveis por treinar criminosos, os capacitando a agir de forma cada vez mais geniosa e forte, e não vão parar enquanto permanecer essa apatia do governo”, finalizou.
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