O fato é que todos os grandes jornais estão perdendo assinantes.
Perdendo para veículos pequenos e recém-criados. João César de Melo, via
Instituto Liberal:
O jornal A Gazeta, de Vitória, fundado em 1926 e alinhado à Rede
Globo de comunicação, anunciou que sua versão impressa deixará de ser
diária, passando a ser distribuída apenas aos sábados. O seu conteúdo
diário será concentrado na internet. Traduzo: o jornal está morrendo.
Não cola o argumento de que é uma “modernização”. O fato é que todos os
grandes jornais estão perdendo assinantes. Perdendo para veículos
pequenos e recém-criados.
Alguns jornalistas, claro, estão culpando os “bolsonaristas” pela
decadência – menos assinantes, menos anunciantes. Eles estão certos. Os
“bolsonaristas” não leem mais o jornal faz um bom tempo. E esses
“bolsonaristas” são, nada menos, do que centenas de milhares de
capixabas fartos de “lacrações”, de distorções grotescas da realidade,
de factoides escrachadamente tendenciosos, de campanhas como “Lula
Livre” e da incansável luta contra a Lava Jato e pelos direitos dos
bandidos.
A esquerda ainda não entendeu o que está acontecendo − ou, teima em não entender.
A eleição de Bolsonaro é apenas o ponto mais visível de um fenômeno
que vem crescendo há uma década no Brasil: a desilusão com a esquerda e a
descoberta de outras correntes ideológicas (liberalismo e
conservadorismo) que, combinadas noutros países, deram certo, geraram
prosperidade e segurança para o cidadão comum.
Estamos no século 21. Não é mais possível esconder as tragédias
causadas pelo socialismo onde ele se instala. O exemplo mais atual disso
está bem ao nosso lado, na Venezuela. Também não é mais possível para a
esquerda brasileira manter Lula com o status de “o homem do povo”, “o
homem mais honesto do mundo”, “o homem que acabou com a pobreza no
Brasil” e outras estapafurdices.
Se excluirmos os dependentes do Bolsa Família, Bolsonaro teve mais de
70% dos votos no Brasil; mas esses votos não foram exatamente para ele,
mas contra o petismo. As pessoas estavam cansadas da esquerda e de tudo
o que ela impôs ao país nas últimas duas décadas: “avanços sociais”
desmentidos pela realidade, financiamento de ditaduras no exterior,
estímulo ao radicalismo ideológico, concessão de privilégios a altos
funcionários públicos, criação de barreiras ao empreendedorismo,
corrupção da cultura, explosão da violência urbana, o maior esquema de
corrupção do mundo e, como se fosse pouca tragédia, a maior recessão
econômica de nossa história.
Pouquíssimas pessoas realmente amam Jair Bolsonaro na mesma medida em
que os petistas amam Lula, mas a alternativa que tínhamos era ele, e
ele está apenas na metade do primeiro ano de seu governo, tentando
resolver problemas gravíssimos deixados pela esquerda. Por isso, para
todos os eleitores de Bolsonaro, torna-se cada vez mais inaceitável a
campanha que a grande imprensa faz contra seu governo. Essa campanha é,
na prática, um ataque e dezenas de milhões de pessoas comuns que apenas
querem um país melhor.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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