POLITICA LIVRE
O procurador especial Robert Mueller anunciou nesta
quarta-feira (29) sua aposentadoria do Departamento de Justiça dos EUA
em meio a fortes declarações sobre a possível obstrução de Justiça do
presidente Donald Trump durante investigações da influência russa nas
eleições americanas. Mueller, que liderou as apurações finalizadas neste
ano, disse não ter clareza de que Trump não cometeu crimes, mas afirmou
não poder processar o presidente pois a lei no país não permite que
isso seja feito com o líder no exercício do cargo. Ele sugeriu, porém,
que a Constituição prevê outro procedimento neste caso -uma referência à
eventual abertura de um processo de impeachment pelo Congresso. O
procurador disse ainda que não dará mais informações sobre as apurações
aos parlamentares, pois nada que fale irá além de seu relatório de mais
de 400 páginas, o qual chamou de “meu testemunho”. “Se nós tivéssemos
confiança de que o presidente claramente não cometeu um crime, nós
teríamos dito isso”, afirmou Mueller diante de jornalistas nesta quarta.
Esse foi o primeiro pronunciamento público do procurador especial desde
que começaram as investigações, há mais de dois anos, e abre um novo
capítulo sobre qual será o papel do Congresso diante da crise política
que se instalou sobre a Casa Branca. Integrantes do Partido Democrata,
de oposição a Trump, discutem a possível abertura do processo de
impeachment, mas a presidente da Câmara, Nancy Peloci, e outros líderes
importantes do partido resistem em apoiar a ideia, pelo menos por
enquanto.
Folhapress
Nenhum comentário:
Postar um comentário