Após participar do seminário, Guedes respondeu a perguntas de
jornalistas sobre o projeto de crédito suplementar enviado pelo
Executivo ao Congresso Nacional no valor de R$ 248,9 bilhões
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Ao participar hoje (29), de seminário sobre produtividade e
crescimento econômico, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que é
possível ampliar a produtividade de um país e o crescimento da economia
destravando e simplificando medidas.
“É possível colocar uma economia para crescer 5,6% ao ano,
três, cinco, sete anos seguidos simplesmente destravando tudo. Desregulamenta
aqui, simplifica ali, reduz impostos", disse o ministro, ao destacar que
exemplos da iniciativa privada e de outros países também podem contribuir para
o crescimento econômico: "Pega um método que já é usado em gestão no setor
privado e adota no setor público também. Pega um método que já é usado numa
empresa norte-americana e traz para o Brasil. Esse uso do conhecimento tácito,
quando você desregulamenta, destrava, simplifica, isso permite ao país dar uma
arrancada que nem os agentes convencionais conseguem explicar direito”, disse.
Após participar do seminário, Guedes respondeu a perguntas
de jornalistas sobre o projeto de crédito suplementar enviado pelo Executivo ao
Congresso Nacional no valor de R$ 248,9 bilhões. Segundo Guedes, o fato de
ontem (28) a equipe técnica do ministério ter sugerido um valor menor, de R$
146,7 bilhões “desorienta um pouco” e causou “embananamento”. O pedido de
crédito suplementar é analisado pela Comissão Mista de Orçamento.
“A equipe técnica, quando resolveu mandar, viu que ela já
tem origem para algo em torno de cento e poucos bilhões, então, em vez de pedir
os R$ 250 bilhões poderia pedir menos. Então o embananamento é esse. Tá todo
mundo preparado para aprovar uma coisa, ai chega uma outra coisa. Ai dizem vem
cá, vocês querem esse ou aquele, qual vocês querem?”, disse Guedes.
O crédito suplementar corresponde ao valor que o governo
precisará captar no mercado, a partir da emissão de títulos, para saldar todas
as despesas do ano. Nesse caso é preciso a aprovação do Congresso, por maioria
absoluta de votos, porque o governo precisa do aval dos parlamentares para
fazer operações de créditos que extrapolem o limite estabelecido pela chamada
regra de ouro, prevista na Constituição.
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