Coluna de Carlos Brickmann, publicada pela Gazeta do Povo:
Hoje é 1° de maio, feriado do Dia do Trabalho. E a Câmara já faz
feriado desde o início da semana. Na segunda-feira não tinha sequer 51
deputados presentes, que seria número mínimo: 10% de 513. Terça-feira
tampouco.
Eu acho estranho porque há projetos de interesse do país, como a
reforma da Previdência e a reforma das leis penais. Veja que já
despencou o número de invasões só com a possibilidade de os fazendeiros
defenderem sua propriedade, seus gados, seus tratores.
E tem todo direito. Aliás, a lei americana é assim: “Os que invadirem
serão punidos”. Está lá a placa. Aí o sujeito vem com uma arma na mão.
Lá na Itália há pouco foi aprovada uma lei que não importa quantos tiros
o sujeito der para defender sua família, sua propriedade, seus bens,
seu imóvel. É legítima defesa da pessoa humana.
Isso já é um progresso para nossa segurança em um país que estava cheio de insegurança. A verdade é essa.
Só para gente ter uma história do Dia do Trabalho…
Em 1886, houve uma greve em Chicago. A polícia foi dispersar a greve,
e acabou que morreram dez manifestantes e um policial por causa de uma
bomba. Mais tarde foram enforcados quatro anarquistas acusados de serem
os autores da bomba que matou o policial. Esse enforcamento foi em uma
sexta-feira e daí se instituiu também a Black Friday – que agora está
todo mundo aproveitando para vender.
Aqui no Brasil, essa homenagem aos trabalhadores foi criada pelo presidente Arthur Bernardes em 1925. que criou o feriado.
Boa notícia
Saiu a Medida Provisória da Liberdade Econômica. Menos burocracia e
mais liberdade para crescer, criar, inovar, pactuar e trabalhar. Sem
limites. Claro, com o limite da lei: leis trabalhistas, leis municipais,
enfim, a lei é o limite – como em toda democracia.
Pequena empresa e empresas que estão iniciando não vão precisar nem
de alvará pelo período em que estiverem testando os seus novos produtos e
serviços.
É o Brasil saindo do passado que amarrava tudo. Quem queria
trabalhar, produzir, ganhar dinheiro e dar emprego ficava amarrado.
Desamarrou com essa medida provisória. Até controle de preço: vai ser o
preço que o mercado topar. Para modernizar, inovar, digitalizar toda a
papelada.
E isso é para empresa grande também. Por exemplo, a Comissão de
Valores Imobiliários vai tirar excessos de burocracia das Sociedades
Anônimas. Até na Justiça se apela para que se não houver má fé
comprovada, que foi um engano, uma falta de informação, então, que a
Justiça seja leve. Enfim, acaba com o abuso do estado, com a regulação
excessiva.
Facilita aquela empresa do dono único, que o sujeito já é uma empresa
de fato. Então o que a gente chamava de autônomo já vai ser uma pessoa
legalizada.
Verifiquem essa medida provisória, que vem depois daquela que semana
passada que disse que operações bancárias envolvendo dinheiro público
têm transparência, não tem sigilo, não. Transparência para a Polícia
Federal, para a Controladoria-Geral da União e para o Ministério
Público.
Nesse caso, se o BNDES empresta Cuba, não tem cláusula de sigilo se a
Polícia Federal quiser saber. Ou se empresta para a Odebrecht não tem
também. Não tem que entrar na Justiça para pedir que um juiz autorize a
quebra de sigilo bancário. Não, já vai direto na Polícia Federal,
Ministério Público, Controladoria-Geral da União.
É também o governo levando a sério o que está escrito na
Constituição, quando fala de publicidade. Afinal, o dinheiro é público e
a gente tem que saber para que lado vai. Assim como, repasse para
município e estados.
Para registrar…
O juiz Federal Marcus Vinicius Reis Bastos, de Brasília, não aceitou o
pedido do Ministério Público de prisão contra o ex-presidente Michel
Temer – embora tenha aceitado a denúncia e convertido o ex-presidente
pela quarta vez em réu.
Por outro lado, a pedido da procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, arquivou
uma investigação contra Rodrigo Maia e Renan Calheiros.
Por fim, que negócio é esse?
Que negócio é esse de ter uma torcida tão grande para juro alto e para preço alto de combustível? Meu Deus do céu.
Nas duas vezes que o presidente da República recomendou à Petrobras
que desse uma olhada para ver se não aumentavam o valor do diesel –
aquele aumento recordista que iam fazer -, e agora que o presidente fez
um apelo quase de joelhos para o presidente do Banco do Brasil: “Olha,
pelo amor de Deus, vê se dá para baixar os juros do setor agrícola”.
Meu Deus do céu! Os meus coleguinhas todos são contra. Eles querem
juros altos e querem preço alto do combustível. Eu acho que virou
maluquice, as pessoas perderam o equilíbrio nessa militância que não
parou e vem desde a campanha eleitoral.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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