MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de novembro de 2018

Moro precisa nomear um jurista de renome para fazer uma limpeza na AGU


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Medina Osório denunciou a “contaminação” da AGU
Carlos Newton
Bolsonaro quer fazer um governo para entrar na História, conciliando algumas agendas essenciais à sociedade brasileira: segurança pública, combate à corrupção e sustentabilidade econômica. O curioso é que Temer, ao concretizar o processo de impeachment de Dilma Rousseff, teve condições políticas de iniciar essa transição. Poderia ter montado um governo de “notáveis”, conforme seu anúncio inicial à população que logo se desfez no ar. Os únicos “notáveis” de seu governo foram Henrique Meirelles na área econômica, Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça e Fábio Medina Osório na AGU (Advocacia-Geral da União).
Os demais eram todos desprovidos de currículos, apenas apadrinhados políticos fadados ao fracasso, tanto que, logo na primeira quinzena, Romero Jucá e Fabiano Silveira já caíam do Ministério por envolvimento em corrupção.
AGENDA ANTICORRUPÇÃO – Incrivelmente, na época ainda se achava que Temer estava limpo e poderia apostar fortemente na agenda anticorrupção traçada por seu AGU, Fábio Medina Osório, cujos laços com a operação Lava Jato revelaram-se desde o início bastante estreitos, ao ponto de o juiz Sérgio Moro, num evento em Curitiba, ainda no primeiro mês de governo, acenar com a expectativa de que o Poder Executivo, através de Medina Osório, trabalhasse efetivamente contra os corruptos.
De fato, à frente da AGU, Medina Osório ajuizou ações de improbidade contra empreiteiras, fortaleceu essa área e obteve repercussão favorável ao governo Temer até mesmo no plano internacional com as medidas tomadas.
Mas a reação da quadrilha de Temer não demorou, porque Medina Osório quis abrir ações indenizatórias contra políticos corruptos, entre eles Renan Calheiros. Em represália, o chefe da AGU passou a enfrentar duras críticas internas, culminando em seu desgaste político.
ABAFA LAVA JATO – Numa queda de braço com o então todo poderoso chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, acabou prevalecendo a lógica do acobertamento à corrupção. E Medina Osório deixou o governo denunciando a operação “Abafa Lava Jato”, isso em setembro de 2016. O tempo deu-lhe razão.
Sobreveio o episódio de Geddel pressionando o ministro da Cultura, Marcelo Calero, e depois muitos outros escândalos revelaram a podridão do governo Temer. Medina Osório foi pioneiro ao vislumbrar que governo Temer derreteria.  E saiu fortalecido de todo esse episódio, retornando à iniciativa privada, de onde – dizem – não pretende sair. 
FALTA A AGU – Com toda certeza, Bolsonaro acertou em cheio ao convidar Sérgio Moro para seu ministério. Ao dar carta branca a Moro para montar a equipe do superministério, ficou faltando a Advocacia-Geral da União, um órgão estratégico que precisa trabalhar em conjunto com a Lava Jato, porque celebra acordos de leniência e tem legitimidade para ações de improbidade administrativa. Num governo, quanto menos fissuras, melhor.  Convidar um jurista que tenha ampla aceitação na força tarefa da Lava Jato será essencial para a AGU no governo Bolsonaro.
Ao contrário do que imaginavam Lula e Dilma, o advogado-geral da União não trabalha para defender o Presidente da República, mas como advogado da Nação brasileira. É preciso encontrar um jurista que seja capaz de fazer uma faxina na AGU, uma ampla renovação, para afastar os que trabalhavam defendendo as quadrilhas de Temer e de Lula, se o governo Bolsonaro realmente pretende avançar na luta anticorrupção.
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