Crescimento na Bahia foi de 0,9% com 1,6 milhão de segurados
Foto: Reprodução
Por: Adilson Fonsêca
A precariedade do atendimento na rede de saúde pública e a necessidade de se ter o mínimo de garantia para as necessidades da família, estão entre as possíveis causas que fizeram com que os planos de saúde tivessem um crescimento no número de segurados, nos últimos três meses. No Brasil, a taxa de crescimento foi de 0,2%, mas na Bahia, esse percentual foi maior, atingindo 0,9%. Entre maio e agosto deste ano.
Os dados são do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANSS), que mostram que no Brasil são 47.290.160 segurados de planos de saúde. Na Bahia foram contabilizados 1.607.284 segurados. A maior fatia de adesão é decorrente dos planos coletivos empresariais, que respondem por 80,4% dos segurados. Nesses planos, são formados grupos de adesão que permitem um barateamento dos custos, podendo ainda ser incluídos aqueles que têm co-participação nos custos dos atendimentos médicos-ambulatoriais e hospitalares.
Na avaliação do IESS, ainda é cedo para se falar em retomada do crescimento, pois vai depender da própria retomada da economia, com a geração de empregos. Mesmo assim a entidade diz que é um sinal positivo, pois estanca o processo de queda, que vinha se mantendo desde 2015. Nesse ano, o número de beneficiários de planos de saúde no Brasil era de 49.212.099, caindo para 47.630.794 em 2016 e para 47.210.875 no ano passado.Nesse período a perda de clientela foi de dois milhões de usuários.
Ainda de acordo com a entidade, o mercado permanece estável, com uma variação pequena, mas que mesmo assim indica otimismo para o setor. Foram 104.613 novos segurados, com um crescimento de 0,2% nos últimos três meses. Segundo o boletim Nota de Acompanhamento de Beneficiários, as modalidades de autogestão e seguradoras especializadas em saúde foram os que apresentaram maior queda no número de vínculos no período analisado, com queda de 3,4% e de 1,7%, respectivamente. Já as modalidades de medicina de grupo e filantropia tiveram alta de 2,6% e 0,9%, respectivamente.
Na Bahia – Na Bahia, entre agosto do ano passado e agosto deste ano houve um acréscimo de novos 25.621 usuários de planos de saúde, passando de 1.583.663 para 1.607.284 usuários, com um crescimento de 1,5%, superior ao registrado no mesmo período no Brasil, que foi de 0,2%, passando de 47.290.251 para 47.290.160. Na Bahia, dos 1.607.284 usuários de planos de saúde, apenas 270.326 pagam na modalidade individual ou familiar.
Segundo o IESS, os números registrados em agostos têm como causa o fato de que três das cinco regiões do País apresentaram avanço no número de beneficiários, enquanto as demais tiveram queda. Por um lado, as regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste registraram aumento no número de vínculos de 0,8%, 0,5% e 0,2%, respectivamente. Já a região Norte teve a maior queda, de 0,7%, enquanto o Sudeste registrou 0,3% vínculos a menos no período entre agosto de 2017 e o mesmo mês desse ano.
Outro fator que chama a atenção nos dados é que a maior parcela dos segurados está entre as pessoas que têm entre 19 a 58 anos de idade, mas que vem apresentando decréscimo nos últimos três anjos, e a que mais apresentou crescimento foi o de pessoas acima dos 59 anos ou mais. De agosto de 2017 a agosto de 2018, o total de beneficiários médico-hospitalares com até 18 anos caiu 0,6%, o que significa 66,5 mil vínculos rompidos. No mesmo período, 98 mil beneficiários com idade entre 19 anos e 58 anos também deixaram os planos. Uma retração de 0,3%.
Outro fato destacado na pesquisa é que no período de 12 meses, houve um crescimento de mais de 1,5 milhão no total de beneficiários de planos de saúde exclusivamente para o atendimento odontológico, alcançando um crescimento de 7%, sendo que nos últimos três meses esse crescimento foi de 3%. Ou seja, aproximadamente 700 mil novos vínculos.
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