Foto: André Dusek / Estadão
Michel Temer
O presidente Michel Temer declarou que montará a equipe de
transição para o novo governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL),
pensando na continuidade de políticas adotadas e no respeito à
Constituição. Ele participou hoje (29) da 18a Conferência Internacional
Datagro sobre Açúcar e Etanol, na capital paulista. “Estamos com tudo
formatado para que o próximo governo receba tudo aquilo o que nós
realizamos e para que não haja descontinuidade”, disse Temer. O
presidente disse que cumprimentou ontem (28) Jair Bolsonaro e destacou a
importância dos candidatos não eleitos na formação de uma oposição que
ajude a fiscalizar e não a “destruir” o novo governo. O presidente disse
que a reforma da Previdência não saiu da pauta política do país, apesar
de não ter sido aprovada no seu governo. “Estávamos aparelhados no
Congresso Nacional para a aprovação da reforma da Previdência. Houve uma
trama monumental montada para que não pudéssemos aprovar a reforma”,
disse. Temer, que falou a uma plateia de representantes do agronegócio,
garantiu que a transição deve continuar a prestigiar a área de
biocombustíveis e que decretos para beneficiar o setor ainda serão
assinados até o final do seu mandato. Diogo Oliveira, presidente do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse que o
banco é responsável por 40% do investimento no setor sucroalcooleiro.
Ele contabiliza 200 grandes iniciativas do governo que impulsionaram a
economia e, por isso, também espera a continuidade da plataforma do
governo Temer. “A história do Brasil fara jus a esse presidente, que
teve a coragem de fazer grandes reformas”, disse. O ministro de Minas e
Energia, Moreira Franco, lembrou da situação do setor elétrico, que, em
sua opinião, passa por um momento de “interrogações”. “É necessário
fazer uma mudança muito profunda, o modelo que aplicamos não atende mais
à realidade brasileira”, destacou. Para o ministro, a fonte hídrica não
fornece a mesma segurança que ofereceu no passado. Outro ponto
levantado por ele é o alto custo. “A nossa energia é muito cara e não
sabemos como esse preço se compõe”, disse Moreira Franco.
Agência Brasil
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