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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Dinheiro não resolve problema de Roraima com venezuelanos, diz Padilha

Postado em 28/08/2018 4:15 DIGA BAHIA!
O ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, disse hoje (28) que o envio de dinheiro do governo federal para Roraima “não resolve nada neste momento”. Segundo o ministro, o aumento da transferência de imigrantes venezuelanos para outros estados, processo chamado de interiorização, é que vai resolver os problemas enfrentados pelo estado.
“O que faria o dinheiro? O dinheiro não resolve nada neste momento. Estamos com serviço de saúde custeado pelo governo federal, com serviço do Ministério do Trabalho, Polícia Federal, Receita Federal. Os órgãos que estão cuidando dos venezuelanos são de responsabilidade do governo federal. O serviço de saúde do município e do estado já foram supridos com recursos pelo Ministério da Saúde”, disse Padilha em entrevista após participar de cerimônia no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro, é preciso ampliar o processo de interiorização dos venezuelanos, já que Roraima não comporta um número maior de imigrantes do que os que já estão lá. “O problema venezuelano se resolve com a distribuição deles por todo o território nacional. Eles não podem ficar em Boa Vista ou Pacaraima. As cidades não comportam mais venezuelanos do que aqueles que já tem lá.”
A governadora de Roraima, Suely Campos, já pediu ao governo R$ 184 milhões como ressarcimento por gastos com venezuelanos. Segundo Suely Campos, os recursos seriam referentes a gastos em áreas como saúde, educação e segurança.
Hoje (28), 187 venezuelanos deixaram Boa Vista, capital de Roraima, e seguiram para Manaus (65), João Pessoa (69) e São Paulo (53) em busca de novas oportunidades. Ao longo da semana, 276 venezuelanos serão transferidos de Roraima para outros estados em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
Conforme previsão da Casa Civil da Presidência da República, que coordena a ação, somando os meses de agosto e setembro, o processo de interiorização incluirá mais de mil venezuelanos.
Agência Brasil

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