Compartilhar experiências e
desenvolver mecanismos que atendam demandas que diminuam índices de
desemprego e melhorem os níveis de educação da população jovem em
vulnerabilidade social, oportunizando a comunidades carentes a chance de
potencializar suas forças, desenvolver projetos e se desenvolver. Estas
oportunidades acontecem em Ilhéus, de hoje (2) até o próximo dia 6.
Jovens carentes, na grande maioria da
comunidade do bairro do Malhado, participam de aulas-show de
gastronomia, artesanato, grafite, dança, teatro e capoeira nas
dependências do CEEP do Chocolate “Nelson Schaum”, escola
profissionalizante do Malhado. A iniciativa é da Cooperbom, uma
coperativa de turismo e promoção social, com olhar para
sustentabilidade, e o evento é co-financiado pelo programa Erasmus +, da
União Europeia.
A iniciativa com este perfil começou ano
passado, na Ilha de Creta, Grécia, com oficinas de gastronomia, dança e
música. O sucesso foi imediato. Uma outra edição já foi realizada na
Ilha de São Vicente, em Cabo Verde, com oficinas em Grafite. Também com o
mesmo resultado. Agora, chegou a vez de Ilhéus.
Nas oficinas gastronômicas, presenças do
italiano Antonio Giattini e do grego Alex Balaskas. Eles trouxeram
ingredientes típicos das suas respectivas regiões, para mostrar a força
da gastronomia internacional. “A ideia não é de impor o que comemos”,
explica o grego Balaskas. “Mas promover a criatividade da gastronomia
local, tendo outras experiências com receitas de outros cantos do
mundo”, completa. Também serão apresentados pratos típicos de Cabo
Verde, na África, além, é claro, do Brasil.
No dia 6, data de encerramento do evento,
será realizado um Festival Gastronômico, aberto ao público, com
comercialização de pratos típicos do Brasil. No entanto, haverá, também,
experimentação das receitas estrangeiras. Uma estrutura está sendo
montada na Litorânea Norte para abrigar a iniciativa, que tem o apoio
das Secretarias Municipais de Turismo e Esportes (Setur), Planejamento e
Desenvolvimento Sustentável (Seplandes) e Industria e Comércio (Sedic).
Coordenadora local do projeto, Maria
Morais, disse que a escolha do bairro do Malhado para sediar o evento
internacional partiu de um diagnóstico realizado pela cooperativa.
Voluntários e população responderam questionários. Maria define o evento
como sendo um “um projeto internacional de turismo de base
comunitária”, que envolve quatro países e cinco instituições. “Cada país
cria sua demanda que atenda o projeto como todo”, explica. Na estrutura
que será montada para o encerramento, também haverá atividades
esportivas, feira de artesanato, apresentações de dança, teatro e
música.
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