INABALADO – Apesar de suas deficiências de segurança expostas pelo Latin NCap, Onix licienciou mais de 15 mil unidades em maio
Mas isso não significa que o consumidor voltou a ter dinheiro sobrando na carteira. Mesmo com a injeção de capital oriundo das contas inativas do FGTS, que certamente encorajou muita gente a trocar de carro, quase a metade dos licenciamentos foi em transações de venda direta. Ou seja, aquisições por empresas, que denotam um processo de renovação de frota de automóveis de serviço.
Para se ter uma ideia do impacto que as vendas corporativas tiveram em maio, das 15 mil unidades emplacadas do Chevrolet Onix, líder do mercado, 6 mil foram compradas por pessoas jurídicas.
É um cenário ainda muito diferente daquele vivido em 2012 (ano recorde de vendas). Naquele período, as vendas diretas de automóveis de passeio e comerciais leves correspondiam a 21,4%.
Panorama
Sem querer ser pessimista, mas realista, alguns setores podem até ter ensaiado uma recuperação do fôlego, mas o consumidor ainda vai demorar a ter “bala na agulha” para engrossar as vendas no varejo. Isso porque o novo panorama do mercado excluiu as camadas populares como público alvo. Novos produtos, como o Fiat Argo, miram num perfil de renda mais elevada daquele que o finado Palio Fire fitava há seis meses.
Essa não é uma manobra exclusiva dos italianos, mas de toda indústria, que buscou qualificar compactos para elevar a rentabilidade para um cenário de volumes menores, com participação tímida dos modelos de entrada.
Ranking
A Genaral Motors fechou maio sustentando a liderança do mercado. Acumula 17,7% das vendas, sendo seguido pela Fiat, que anota 13,4% e a Volkswagen com 12,7%. Entre os modelos mais vendidos o Onix segue disparado com 68 mil licenciamentos. São 27 mil unidades de frente no vice-líder, Hyundai HB20.
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