O que Palocci tem pra denunciar comprometerá Lula! |
Mesmo não sendo réu na ação penal que
condenou Antônio Palocci a 12 anos de cadeia, o nome do ex-presidente
Lula é citado 68 vezes na sentença do ex-ministro, seja em trechos
destacados pelo juiz Sergio Moro ou nas transcrições dos depoimentos que
foram usados como provas para estipular as penas de cada réu. O
ex-presidente da República deverá conhecer nos próximos sua primeira
sentença na Lava-Jato, no caso da compra do tríplex no Guarujá. Em um
dos trechos da sentença, o juiz Moro, ao analisar o conteúdo de e-mails,
cuida de identificar o personagem “italiano”, que tinha influência
junto ao presidente Lula. “Percebe-se ainda que “Italiano” é a pessoa
com acesso ao então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que é também
o caso de Antônio Palocci Filho”, escreve o juiz. “Chama ainda a
atenção a referência de que, apesar do veto, seriam cogitadas
alternativas junto ao então Presidente, “tributárias e ou com a
Petrobrás”, para compensar o Grupo Odebrecht, prova da intenção de
solicitação de contrapartida ilegal em favor dele por parte do Governo
Federal”, diz o texto. O juiz Moro faz nova referência a Lula ao
transcrever depoimento do executivo Pedro Novis, da Odebrecht. “(Novis)
admitiu que tratou com Antônio Palocci Filho de doações de recursos
não-contabilizados para as campanhas eleitorais do Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva em 2002 e 2006”. Ainda citando Novis, o juiz
destaca trecho do depoimento no qual o executivo identifica outro
personagem ligado a Lula: “Em indagação da Defesa de Antônio Palocci
Filho acerca da mensagem eletrônica do item 317, na qual figura como
destinatário, (Novis) esclareceu que “Seminarista” era o codinome de
Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete do Presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, e que “Ital” era Antônio Palocci Filho”.
VAL CABRAL
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