Tem razão Augusto Nunes: "é preciso
revogar urgentemente o direito à eterna impunidade concedido a um
criminoso que continua a esconder o que sabe sobre Lula e sua turma".
Segue o post:
O Brasil decente
exige a imediata revogação das cláusulas que transformaram o acordo de
colaboração com Joesley Batista costurado por Rodrigo Janot, e
chancelado por Edson Fachin, numa repulsiva caricatura do instrumento
jurídico utilizado exemplarmente pelos condutores da Lava Jato ─ a
verdadeira, baseados em Curitiba. Com as bênçãos do procurador-geral da
República e do Supremo Tribunal Federal, o empresário criminoso foi
condenado à perpétua impunidade sem sequer contar tudo o que sabe.
Acertos do gênero
garantem aos beneficiários a redução da pena, como ensinou o acordo com
Marcelo Odebrecht. Nunca o perdão de todos os pecados passados,
presentes e futuros com que Joesley foi presenteado. E não existe meia
delação, que permite a bandidos da primeira classe abrir só parcialmente
o baú abarrotado de bandalheiras. Ele gravou, por exemplo, conversas
com Michel Temer e Aécio Neves que expuseram a face escura do presidente
e do senador. Por que não tentou grampear o padrinho Lula?
Também fez questão de
documentar a entrega de uma mala com R$ 500 mil reais a Rodrigo Rocha
Loures, um dos estafetas de Temer. Por que não fez uma única e escassa
menção a Luciano Coutinho, o presidente do BNDES que o transformou em
campeão nacional de empréstimos de pai para filho? Joesley ingressou no
clube dos bilionários pendurado no ombro de Lula e ali continuou por ter
caído no colo de Dilma. Mas cabem num asterisco do calhamaço de
depoimentos as revelações sobre as canalhices consumadas com a
cumplicidade dos governos lulopetistas.
Puni-lo por usar a
delação premiada para a prática de crimes financeiros é pouco. Joesley
tem de ser obrigado a contar o que insiste em esconder. Caso aceite essa
imposição, talvez mereça alguns anos a menos de cadeia.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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