Jornal francês afirma que vírus já infectou 162
Matéria publicada nesta quarta-feira (28) pelo jornal francês Le Figaro conta que situado entre a floresta e o oceano Atlântico, Casimiro de Abreu é uma pequena cidade entre outras da costa brasileira, mas se tornou o centro do Brasil, quando um homem de família de 38 anos, Watila Santos morreu diagnosticado com a febre amarela. No mesmo dia, mais quatro suspeitos foram colocados em observação. Mas Casimiro de Abreu está localizado 150 km da capital do Rio de Janeiro.
O diário afirma que pode ser uma grande catástrofe se o vírus atingir os centros urbanos. O vírus da febre amarela não é nenhuma novidade na América do Sul. Surgiu por conta do tráfico de escravos vindos da África, tendo seu vetor no mosquito Aedes aegypti, causou epidemias mortais até ser erradicado do Brasil na década de 1950.
Figaro descreve que no século XXI, o avanço da globalização de pessoas e de mercadorias, o desmatamento e a erosão das fronteiras entre a zona rural e a urbana e a presença de grandes contingentes populacionais não imunizados parecem ter criado um ambiente favorável para o recrudescimento de epidemias de febre amarela. Até recentemente, a doença, que tem uma vacina eficiente desde os anos 1930, era vista como sob controle ou restrita a regiões endêmicas dos dois continentes em que ocorre, a porção subsaariana da África, uma das áreas mais pobres do mundo, e rincões da América do Sul, geralmente as calhas dos rios Amazonas e Orinoco, ou o Centro-Oeste do Brasil. A eclosão de epidemias recentes dos dois lados do Atlântico trouxe de volta a febre amarela ao debate internacional sobre saúde pública.
Segundo a reportagem os especialistas dizem que a epidemia atual é a maior da doença no país dos últimos 70 anos, embora os registros oficiais do Ministério da Saúde tenham se iniciado apenas em 1980.
O noticiário informa que a maioria das pessoas não imunizadas que entram em contato com o vírus pode ser assintomática ou apresentar durante três dias um quadro caracterizado por dor de cabeça, febre, dor muscular, náuseas, vômito e fadiga. Se não é fatal, a doença acaba imunizando o paciente e o protege de futuras reinfecções. Por motivos ainda desconhecidos, cerca de 15% desenvolvem a forma severa da febre amarela, que, após uma semana, pode causar hemorragias graves e levar a óbito.
Um dos debates entre virologistas e epidemiologistas é se a febre amarela pode se tornar novamente uma doença urbana no Brasil. Para isso ocorrer, ela teria de voltar a ser transmitida pelo Aedes aegypti, que está adaptado às cidades do país, finalizou Le Figaro
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