As vendas de carne no mercado varejista
da Bahia tiveram uma queda de até 25% após a deflagração da operação
Carne Fraca, há dez dias, segundo dados da Associação dos Distribuidores
e Atacadistas do estado (ASDAB). O órgão ainda prevê aumento no
desemprego no setor por conta do impacto negativo da ação no mercado.
“Há uma oferta bem maior de produtos no mercado interno e, com isso, os preços tenderão a cair. O aumento será muito bom para o consumo, mas, para o produtor, será muito ruim. Então, já estima-se aí que o número de desempregados em curto prazo da cadeia fique em torno de 7% a 10% “, afirmou o presidente da ASDAB, Antônio Cabral, ao G1.
Segundo o órgão, os supermercados mantêm produtos de marcas investigadas nas prateleiras, mas mesmo com promoções que chegam a 30% as vendas despencaram nos últimos dias.
De acordo com a reportagem, atualmente, o parque industrial baiano registrado no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) é composto por 238 indústrias, sendo 38 matadouros frigoríficos (bovinos, suínos, caprinos, ovinos e aves), 141 laticínios, 23 de produtos cárneos, 11 de pescado, 13 de ovos e 12 de mel.
O site detalha que em Itapetinga, no sudoeste do estado, onde fica o maior rebanho bovino da Bahia, frigoríficos que exportam carne para países asiáticos estão preocupados com as restrições. Um deles, que está em atividade há quatro anos e gera mil empregos diretos, começou a exportar a carne para Hong Kong e para a África há quatro meses e espera que a polêmica que envolve a produção de carne seja superada para ampliar os negócios para o Líbano e outros países do Oriente Médio.
“Isso prejudica a cadeia como um todo, desde o produtor a todos os frigoríficos. E nós nos incluímos nesse meio, porque isso tudo cria essa imagem negativa por um problema que nós cremos ser pontual. Cria uma imagem negativa para todo o país”, diz José Marcos Costa, diretor do frigorífico, que produz, por mês, cerca de mil toneladas de carne.
Também para o site, a Associação Baiana de Avicultura (ABA) diz que, como o estado da Bahia destina apenas 2,5% das 20 mil toneladas de frango que produz ao mês ao mercado exterior (para países como Venezuela, China, Hong Kong e Japão), ainda não há um impacto na produção, já que o mercado interno continua sendo abastecido.
No entanto, o presidente do órgão, Dario Mascarenhas, prevê uma uma “inviabilização” da atividade no estado em função da concorrência, a médio prazo, que deve aumentar a oferta interna como consequências das restrições dos países compradores. “O impacto maior [da operação Carne Fraca] é nas empresas exportadoras. Hoje, a Bahia entra com uma participação de apenas 2% da produção nacional e uma exportação muito pequena. Então, não está sendo afetada ainda. Mas a médio prazo, caso o mercado externo continue com as retrições, os exportadores brasileiros vão colocar os produtos que deveriam sair do país no mercado interno e esses produtos dos outros estados vão chegar aqui mais baratos e inviabilizar a nossa atividade. É uma coisa que prevemos caso a situação não seja normalziada até abril”, destacou.
Conforme Mascarenhas, a Bahia só produz 60% da carne de frango que consome. O restante vem de outros estados. “Vai haver um desequilíbrio na balança entre a oferta e a procura. Esse excesso de produto no mercado, por conta da dificuldade em se exportar, vai fazer uma pressão muito grande sobre os preços e essa baixa nos preços com certeza vai afetar a viabilidade das indústrias baianas. Já estamos passando por uma crise econômica e isso já vem afetando e, inclusive, reduzindo a nossa produção e, se essa situação, não conseguir ser contornada, certamente o estado da Bahia terá uma perda muito grande na sua produção”, concluiu.
“Há uma oferta bem maior de produtos no mercado interno e, com isso, os preços tenderão a cair. O aumento será muito bom para o consumo, mas, para o produtor, será muito ruim. Então, já estima-se aí que o número de desempregados em curto prazo da cadeia fique em torno de 7% a 10% “, afirmou o presidente da ASDAB, Antônio Cabral, ao G1.
Segundo o órgão, os supermercados mantêm produtos de marcas investigadas nas prateleiras, mas mesmo com promoções que chegam a 30% as vendas despencaram nos últimos dias.
De acordo com a reportagem, atualmente, o parque industrial baiano registrado no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) é composto por 238 indústrias, sendo 38 matadouros frigoríficos (bovinos, suínos, caprinos, ovinos e aves), 141 laticínios, 23 de produtos cárneos, 11 de pescado, 13 de ovos e 12 de mel.
O site detalha que em Itapetinga, no sudoeste do estado, onde fica o maior rebanho bovino da Bahia, frigoríficos que exportam carne para países asiáticos estão preocupados com as restrições. Um deles, que está em atividade há quatro anos e gera mil empregos diretos, começou a exportar a carne para Hong Kong e para a África há quatro meses e espera que a polêmica que envolve a produção de carne seja superada para ampliar os negócios para o Líbano e outros países do Oriente Médio.
“Isso prejudica a cadeia como um todo, desde o produtor a todos os frigoríficos. E nós nos incluímos nesse meio, porque isso tudo cria essa imagem negativa por um problema que nós cremos ser pontual. Cria uma imagem negativa para todo o país”, diz José Marcos Costa, diretor do frigorífico, que produz, por mês, cerca de mil toneladas de carne.
Também para o site, a Associação Baiana de Avicultura (ABA) diz que, como o estado da Bahia destina apenas 2,5% das 20 mil toneladas de frango que produz ao mês ao mercado exterior (para países como Venezuela, China, Hong Kong e Japão), ainda não há um impacto na produção, já que o mercado interno continua sendo abastecido.
No entanto, o presidente do órgão, Dario Mascarenhas, prevê uma uma “inviabilização” da atividade no estado em função da concorrência, a médio prazo, que deve aumentar a oferta interna como consequências das restrições dos países compradores. “O impacto maior [da operação Carne Fraca] é nas empresas exportadoras. Hoje, a Bahia entra com uma participação de apenas 2% da produção nacional e uma exportação muito pequena. Então, não está sendo afetada ainda. Mas a médio prazo, caso o mercado externo continue com as retrições, os exportadores brasileiros vão colocar os produtos que deveriam sair do país no mercado interno e esses produtos dos outros estados vão chegar aqui mais baratos e inviabilizar a nossa atividade. É uma coisa que prevemos caso a situação não seja normalziada até abril”, destacou.
Conforme Mascarenhas, a Bahia só produz 60% da carne de frango que consome. O restante vem de outros estados. “Vai haver um desequilíbrio na balança entre a oferta e a procura. Esse excesso de produto no mercado, por conta da dificuldade em se exportar, vai fazer uma pressão muito grande sobre os preços e essa baixa nos preços com certeza vai afetar a viabilidade das indústrias baianas. Já estamos passando por uma crise econômica e isso já vem afetando e, inclusive, reduzindo a nossa produção e, se essa situação, não conseguir ser contornada, certamente o estado da Bahia terá uma perda muito grande na sua produção”, concluiu.
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