Os narcotraficantes e
assassinos das FARC obtiveram um acordo que só lhes outorga privilégios.
Rejeitado pelo povo colombiano, o documento acabou sendo aprovado pelo
Congresso. O fato é que a organização criminosa não foi extinta: passa a exercer suas atividades por outras vias. A democracia colombiana continua em perigo, alerta Augusto de Franco:
Virou TT hoje no
Twitter a aprovação do tal acordo com as FARC pelo Congresso da
Colômbia. Trata-se daquela mesma bobagem, com algumas modificações, que
foi rejeitada pela sociedade colombiana em consulta direta. O
parlamento, de certo modo, bypassou a opinião pública. Na verdade, as
FARC aceitaram, embora tardiamente, o conselho feito por Lula aos seus
comandantes alguns anos atrás:
“Por que vocês não depõem as armas e disputam as eleições?”
Ou seja, por que
vocês não agem com mais inteligência e viram uma espécie de PT
colombiano para poder aplicar a estratégia neopopulista de usar as
eleições contra a democracia?
Atenção! A proposta
não era abandonar o crime, nem dissolver a organização criminosa e sim a
de atuar por outras vias, mantendo – e até fortalecendo – a organização
criminosa.
Eis que agora as
FARC, aceitaram a diretriz lulopetista, com a ajuda providencial dos
ditadores cubanos, aproveitando-se da pusilanimidade do governo de Juan
Manuel Santos, louco por holofotes (contra a opinião pública colombiana,
repita-se).
Fazer o quê? Só
existem espertos como os neopopulistas porque existem tolos vaidosos
como Santos (no Brasil ele provavelmente seria um tucano).
No plebiscito de
outubro de 2016 o acordo proposto por Santos foi rejeitado pela maioria
dos eleitores (sendo que a abstenção foi superior a 60%). Houve muita
manipulação. Basta ver a formulação da pergunta pelo governo:
“Você apoia o acordo final para o fim do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura?”
A cédula foi
fabricada para dar a impressão de que votar NÃO ao acordo era o mesmo
que recusar ou não querer a paz. Mesmo assim o tal pacto foi derrotado.
O pacto elaborado em
Havana se materializou em um documento de 297 páginas contendo vários
pontos que dividiram a opinião pública e os políticos colombianos.
Uma das partes mais
questionadas do acordo foi a garantia dada ao partido político no qual
as FARC se transformariam: eles receberiam cinco cadeiras no Senado e
cinco na Câmara nos dois ciclos legislativos seguintes.
Outras objeções foram
feitas à proposta de que os culpados de crimes de guerra ou contra a
humanidade – tanto das FARC como das forças do Estado – não fossem
presos.
Não dá!
Ainda precisamos
examinar os termos do acordo “abençoado” pelo Congresso da Colômbia (que
deu um passa-moleque na população). Mas se as FARC puderem continuar
organizadas “pacificamente” (tolos!) e seus líderes puderem disputar
eleições, a democracia na Colômbia vai ter sérios problemas pela frente.
A Colômbia vai se defrontar com o seu próprio PT, legalizado e
legitimado para usar, abusar e se aproveitar da democracia. (Dagobah).
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