António Costa discursou na noite desta terça durante jantar com Temer.
Brasil integra G4, grupo que defende reforma no Conselho de Segurança.
O
primeiro-ministro de Portugal, António Costa (dir.), durante brinde em
um jantar com o presidente Michel Temer (esq.); ao fundo, o ministro
José Serra (centro) (Foto: Beto Barata/PR)
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, defendeu na noite desta
terça-feira (1º), durante jantar com o presidente da República, Michel Temer, que o Brasil ocupe um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).A reforma é um dos principais pleitos do Brasil junto à organização internacional. Atualmente, o país, inclusive, integra o chamado G4, grupo também formado por Japão, Alemanha e Índia, que defende mudanças.
"Essa reforma [do conselho] tem que prosseguir. E uma das formas que devemos prosseguir é com um novo Conselho de Segurança que corresponda àquilo que é realidade do mundo hoje. [...] E na realidade do mundo hoje não pode haver um Conselho de Segurança onde o Brasil não seja membro-permanente do Conselho de Segurança", afirmou António Costa.
O primeiro-ministro português fez o discurso ao participar de jantar ofereceido por Temer no Palácio Itamaraty, em Brasília, sede do Ministério das Relações Exteriores. Costa participou, nestas segunda (31) e terça, da 11ª Conferência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Durante o jantar, António Costa também brindou "ao mandato do presidente Temer" e, sem citar especificamente o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, agradeceu ao peemedebista por "mal ter tomado posse e já marcado essa reunião bilateral, que há mais de três anos não tinha lugar".
Futuro secretário-geral
Nesta segunda, após assistir à cerimônia de abertura da conferência da CPLP, o secretário-geral eleito da ONU, o português Antonio Guterres, também defendeu a reforma do Conselho de Segurança, durante entrevista à imprensa. Ele não chegou, contudo, a defender a presença do Brasil no conselho.
"As Nações Unidas precisam de muitos aspectos da reforma, no sentido de ser uma organização mais eficaz e que esteja mais ligada aos tempos de hoje e não aos tempos que corresponderam à sua formação", disse Guterres nesta segunda.
"E, como disse Kofi-Annan [ex-secretário-geral da ONU], não haverá forma de uma ONU completa enquanto o Conselho de Segurança [...] não se reformar. É evidente que esta é uma responsabilidade essencial dos Estados membros", acrescentou.
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