MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Grupo Tigre anuncia fim das atividades na unidade de Camaçari

A TARDE
A Tigre também ressalta que vem tomando medidas para diminuir os impactos das demissões dos 261 funcionários - Foto: Reprodução
A Tigre também ressalta que vem tomando medidas para diminuir os impactos das demissões dos 261 funcionários
Reprodução
A empresa de tubos e conexões Tigre anunciou, em comunicado à imprensa, que a partir desta segunda-feira, 28, encerra as atividades de operação na unidade de Camaçari/BA. A fábrica, que é responsável pela produção de tubos de PVC, tem a conclusão das atividades previstas para fevereiro de 2017, resultando na extinção de 261 vagas.
Segundo a empresa, "Esta decisão foi tomada após extensa análise de alternativas para garantir a competitividade das operações da companhia no País, e assegurar a produtividade fabril com o melhor aproveitamento da capacidade das demais unidades existentes no Brasil".
A Tigre também ressalta que vem tomando medidas para diminuir os impactos das demissões dos 261 funcionários da unidade, como: "Criação de um Núcleo de Apoio, com foco no auxílio aos funcionários em seu retorno ao mercado de trabalho, capacitação e qualificação profissional; Priorização dos profissionais de Camaçari em vagas de trabalho abertas em outras unidades da Tigre; Parceria com instituições de apoio técnico e financeiro para empreendedores".
Quanto aos clientes, a empresa informou que serão atendidos por outras unidades da mesma.
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico da Bahia (Sindiplasba), Luiz Oliveira, a crise no mercado foi um dos motivos para o encerramento das atividades da Tigre em Camaçari. Além do mais, acrescenta, o setor plástico sofreu uma redução de 8,5% com relação ao ano anterior, houve redução do incentivo fiscal, a empresa tem uma unidade em outro estado no nordeste (Pernambuco). Sem falar na pressão do sindicato para aumentos salariais.
O presidente acredita que o Governo do Estado deveria intervir. "O Governo deveria negociar com os acionistas da empresa a questão dos benefícios fiscais", completou.
Ainda segundo o presidente do Sindplasba, outras empresas do ramo na Bahia já têm pré-anuncio de encerramento das atividades.
Já o presidente do Sindiquímica (Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Químico), Dilson Vasconcelos, informou que ficou surpreso com o anúncio da empresa e que esse encerramento provocará grandes impactos: "A empresa está produzindo bem, foi surpresa para o sindicato e também para os funcionários. São 261 funcionários diretos e mais 900 empregados indiretos, é um impacto muito grande para Camaçari. A gente tem funcionário que trabalha há mais de 12 anos, há mais de 15 anos na empresa" destacou.
Ele ainda informou que o Sindiquímica vai iniciar as mobilizações para impedir o encerramento das operações, "Amanhã, vamos parar a fábrica 7h da manhã". Segundo o sindicato, a paralisação vai ocorrer na área externa da empresa e pretende chamar a atenção da população sobre as consequências do fechamento da unidade e dos postos de trabalho.

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