Família diz que teve que comprar remédio para não prejudicar criança.
Saúde Estadual reconhece atraso, mas afirma que problema foi resolvido.
Menino tem tamanho de uma criança de 4 a 5 anos
(Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)
Diagnosticado com puberdade precoce,
o neto da dona de casa Maria do Socorro Leite, de 41 anos, que iniciou o
tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em outubro do ano passado,
está há um mês sem receber a medicação. Aos dois anos de idade, o
menino pesa 24 kg e mede 1,06 metros, altura de uma criança de entre 4 e
5 anos. A família informou que teve que comprar o remédio nesta
sexta-feira (26) até que o governo forneça o medicamento.(Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)
Ao G1, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informou, por meio da assessoria de comunicação, que houve um atraso na entrega da medicação por causa de questões relacionadas ao processo licitatório. No entanto, o órgão diz que o problema já foi regularizado e, nos próximos dias, os pacientes terão acesso ao acetato de leuprorrelina.
A avó, que possui a guarda do pequeno, afirma que a última vez que conseguiu o remédio - acetato de leuprorrelina - foi em 13 de janeiro deste ano. Porém, devido ao tratamento ser mensal, a criança deixou de ser medicada no último dia 11 de fevereiro. A família reside na zona rural de Acrelândia, distante 105 km da capital Rio Branco.
O médico endocrinologista Gil Lucena, que acompanha o caso, explica que o medicamento é responsável por bloquear o excesso de hormônios. Sem isso, a puberdade precoce continua evoluindo, podendo ocasionar baixa estatura e ainda problemas psicológicos oriundos dos desenvolvimento acelerado de características sexuais, como pênis, testículos e pelos na infância.
"O que nos homens deve ser iniciar aos 9 anos, nele começou com 1 ano. A medicação inibe os hormônios e ele tem um desenvolvimento normal. Se ele não toma, inicia uma aceleração e o prejuízo da altura final e prejudica o psicológico", afirma o médico. O menino tem que tomar o remédio pelo menos até os 9 anos, conforme Lucena.
Entenda o caso
A avó da criança diz que começou a perceber algo diferente no neto quando ele completou oito meses de vida. Ela lembra que, na época, percebeu o desenvolvimento de pelos pubianos. A primeira medicação, administrada em uma injeção, foi dada no dia 19 de outubro de 2015.
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