MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 26 de dezembro de 2015

Banco Central prevê forte recessão, mas vai elevar juros em 2016


Charge de Ivan Cabral (reprodução de Charge Online)
Antonio Temóteo
Correio Braziliense
O Banco Central traçou um quadro dramático para a economia neste e no próximo ano. Mas nem isso impedirá a autoridade monetária de aumentar os juros a partir de janeiro para tentar conter a inflação galopante que terminará 2015 em 10,8%, mais do que o dobro da meta definida pelo governo, de 4,5%. O diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, deixou claro que a instituição se preocupará apenas em garantir que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue em dezembro de 2016 abaixo do teto do intervalo de tolerância, de 6,5%, e convirja para meta próximo de 4,5% em 2017.
Lopes foi além. Apesar de a presidente Dilma Rousseff cobrar, durante a posse do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, medidas para recuperar o crescimento, ele frisou que o BC cumprirá seu único mandato, o de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda. O BC não está preocupado se a alta dos juros contribuirá para aumentar a taxa de desemprego, aprofundar a recessão e elevar a dívida pública, que já encosta nos 70% do Produto Interno Bruto.
Segundo Altamir, a taxa básica da economia (Selic) subirá quando o Comitê de Política Monetária (Copom) julgar necessário. Na opinião dele, usar as políticas de juros e fiscal de olho apenas no ritmo da atividade implica em um período mais longo de sofrimento ao país.
VAI ATÉ 15,75%
No mercado, os analistas estimam que a Selic, hoje em 14,25% ao ano, chegará a 15,75% até o fim de 2016. Isso, mesmo o BC projetando retração de 3,6% do PIB em 2015 e queda de 1,9% em 2016. Será a primeira vez, desde 1930 e 1931, quando o mundo estava em depressão econômica e o Brasil enfrentava um golpe político, que isso aconteceu.
A gravíssima recessão não impedirá que a inflação feche o próximo ano, pelas projeções do BC, em 6,2%. A chance de a carestia estourar o teto da meta está em 41%.

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