A suspeita de racismo na seleção de elenco da nova série do Netflix será
apurada pelo Ministério Público de São Paulo. O promotor de Justiça
Christiano Jorge Santos vai abrir um procedimento de investigação
criminal para saber detalhes do recrutamento e dos critérios. A agência
+Add Casting, que procura candidatos para a série "3%", afirmou haver
"grau de dificuldade" para achar "um ator negro e muito bonito". O
e-mail com o texto vazou na internet. Prevista para estrear em 2016, a
produção é a primeira inteiramente brasileira do serviço de vídeo sob
demanda. E o diretor da série, César Charlone, diz que concorda com a
indignação das pessoas. "O racismo é muito grave. O Brasil é 50% negro,
temos que retratar isso. Foi uma fala infeliz", afirma. O Netflix e a
Boutique Filmes, produtora do trabalho, repudiaram a atitude da empresa.
"Fiquei chocado, liguei pra eles na hora para perguntar que absurdo era
esse", diz Tiago Mello, da Boutique. A +Add Casting pediu desculpas em
nota e disse que o texto foi "erroneamente interpretado como racista".
(Mônica Bergamo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário