Paciente diz que busca em Rio Branco remédios que faltam em unidade.
Posto de Saúde já foi alvo de ação do MP-AC por acúmulo de lixo hospitalar.
Medicamentos estavam armazenados em sala na unidade de saúde (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)
Aproximadamente um ano após ser denunciado pelo armazenamento irregular
de lixo hospitalar, o Posto de Saúde Raimunda Porfírio de Brito Ramos,
no município acreano de Bujari,
a 22 km da capital Rio Branco, volta a ser alvo de denúncia, dessa vez
por armazenar medicamentos vencidos. Um morador do município que não
quis se identificar fotografou caixas com remédios vencidos em uma sala
da unidade.O homem conta que estava acompanhando a esposa para uma consulta na unidade de saúde, quando sentiu vontade de ir ao banheiro.
“Eu não sabia onde é que era exatamente, aí fui procurando a sala, aí eu encontrei uma sala aberta e entrei para ver. Foi quando me deparei com várias unidades vencidas. Aí só tirei umas fotos e voltei. Depois de minha mulher se consultar fomos pegar os remédios, que a enfermeira passou, eu chego lá e não tinha remédio nenhum. Só tinha dipirona no posto e aí me deparo com alguns remédios vencidos isso é uma indignação pra gente”, critica.
Enquanto isso, a dona de casa Maria Juliana Alves da Penha diz que para garantir continuidade do tratamento de saúde que faz precisa ir até o Posto de Saúde Barral y Barral em Rio Branco para pegar os remédios. “É gardenal que eu tomo. Eu só pego lá no Barral y Barral, aqui não tem só lá”, explica.
Procurado pela equipe da Rede Amazônica Acre, o secretário de Saúde de Bujari não aceitou gravar entrevista. O prefeito do município, Antônio Raimundo, também não foi encontrado para comentar o caso até a publicação desta matéria.
Em outubro de 2014 o Posto de Saúde Raimunda Porfírio de Brito Ramos já havia sido denunciado por armazenar o lixo hospitalar em um banheiro feminino, a pouco metros da recepção.
Posteriormente, uma ação do Ministério Público do Acre (MP-AC) e da Polícia Ambiental encontrou mais duas salas que eram utilizadas para armazenar lixo hospitalar, além de medicamentos vencidos.
Na época, o então secretário de Saúde do município, Elias Daier, reconheceu o problema e disse que o material era guardado no local porque é proibido descartá-lo em lixões públicos. Ele ainda chegou a ser preso por crime ambiental e liberado após pagamento de fiança. Em julho deste ano o ex-gestor foi absolvido pelo Fórum da Comarca de Bujari.
Colaborou Leandro Manhães, da Rede Amazônica Acre.
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