Afirmação consta em relatório do Ministério Público do Amapá.
Governo informou que está providenciando a compra de medicamentos.
Vistoria identificou falta de remédios nas farmácias do HCAl (Foto: MP/Divulgação)
Cerca de 90% dos pacientes internados no Hospital de Clínicas Doutor Alberto Lima (HCAL), em Macapá,
precisam utilizar recursos próprios para comprar medicamentos e levar
adiante o tratamento, segundo o Ministério Público Estadual (MP) do
Amapá. Reclamações de familiares sobre a falta dos remédios motivaram
uma nova vistoria da Promotoria de Defesa da Saúde ao hospital, na
terça-feira (27).Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que "todas as providências relacionadas à compra de medicamentos e correlatos para o abastecimento da rede e aquisição de equipamentos estão sendo tomadas".
Cinco leitos estão em desuso na UTI do HCAL
(Foto: MP/Divulgação)
Na visita da promotoria, foram constatadas, segundo o MP, falta de
remédios para tratamento dos pacientes internados no hospital, tanto na
farmácia de internação quanto na Unidade de Alta Complexidade em
Oncologia (Unacon).(Foto: MP/Divulgação)
De acordo com o promotor de Saúde André Araújo, os pacientes são obrigados a comprar a medicação prescrita no hospital. Faltam, conforme Araújo, medicamentos específicos para a realização de quimioterapia em pacientes com câncer.
A inspeção também encontrou antigos problemas, segundo o MP, como a quantidade de leitos inativos por falta de manutenção na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O problema havia sido identificado em março, durante vistoria que gerou uma ação judicial para obrigar o Estado a ativá-los.
Vistoria foi realizada no Hospital de Clínicas Alberto
Lima, em Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
Na vistoria realizada na terça-feira, segundo a promotoria, estariam
desativados 5 dos 11 leitos existentes na UTI, dedicados a atender
pacientes graves, ou que precisem de cirurgias de grande porte.Lima, em Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
O MPE informou que a ação judicial continua pendente de julgamento pelo Tribunal de Justiça do Amapá. Após a vistoria, a promotoria deve decidir se irá ou não pedir uma nova intervenção no HCAL para solucionar os problemas encontrados.
A Secretaria de Estado da Saúde informou através da nota que uma "compra emergencial foi efetuada e parte dos medicamentos já começaram a ser entregues".
A Sesa também informou que deve fazer a compra regular de medicamentos para suprir as necessidades da população por um ano.
Sobre os leitos da UTI, a secretaria afirmou que "o processo licitatório de compra [desses equipamentos] encontra-se em análise jurídica para homologação".
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