Divulgação
O mercado de inseminação artificial deve fechar, em 2015, com
crescimento entre 5% e 6% em número de doses de sêmen e entre 8% a 10%
em faturamento. A expectativa é de Heverardo Carvalho, presidente da
Alta Genetics do Brasil, para a qual estima crescimento de 9% em doses e
de 11% em faturamento. A Alta é uma das maiores centrais de coleta,
processamento e distribuição de sêmen do mundo e tem sede em Uberaba,
Minas Gerais.
Os números confirmam que o segmento se mantém em ascensão. Segundo a
Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), em 2014 foram
comercializadas aproximadamente 14 milhões de doses de sêmens, entre
gado de corte e leite. O Brasil é considerado um dos maiores
exportadores de carne bovina, mas apenas 10% das vacas brasileiras são
inseminadas, ou seja, 90% das matrizes ainda fazem uso da monta natural.
Isso significa que ainda há um vasto mercado a ser alcançado.
“A inseminação artificial é uma tecnologia rentável, econômica e tem
resultado mais eficaz quando comparada à monta natural. O desinteresse, a
falta de conhecimento e o medo da mudança são os fatores que mais
dificultam o pecuarista a investir na técnica. Porém, o principal motivo
é a falta de informação. Embora seja uma ferramenta excepcional para
aumentar os lucros, é pouco explorada entre os pecuaristas”, afirma
Heverardo Carvalho.
Para ele, outro fator que prejudica a rentabilidade da fazenda é a
gestão administrativa. “Se não houver uma boa administração, a
inseminação artificial não será suficiente para garantir uma
produtividade eficiente. Um dos maiores erros do pecuarista é o não
acompanhamento da gestão do negócio. Ele acha muito, observa tudo e não
anota nada. É preciso acompanhar de perto todo o desempenho da
propriedade, para que alcance os resultados almejados”, ressalta.
“Investir em inseminação artificial é muito barato. O custo do sêmen é
muito baixo, ou seja, corresponde a 0,5% a 1% da composição do custo do
leite ou da carne. Se falarmos que o sêmen vai subir 20% devido ao
aumento do dólar, 20% de 1 é igual a 0,2”, comenta Heverardo Carvalho.
A Alta tem investido na compra de touros, treinamentos e
desenvolvimento de programas, para que o pecuarista seja assistido de
forma integral. “Constantemente, contratamos animais que possuem alto
potencial genético. Para selecionar novos touros, buscamos não somente o
que o mercado quer, mas principalmente o que o pecuarista necessita. É
extremamente importante saber identificar quais são as fraquezas do
rebanho do cliente para encontrarmos um touro que ajude a atingir o
mercado que ele atende”, explica Heverardo Carvalho.
Um dos animais mais recentes a chegar a Central da Alta, em Uberaba,
foi o touro REM Caballero, considerado Top 0,1% no ranking da Associação
Nacional dos Criadores e Pesquisadores (ANCP) e detentor do maior
índice Mérito Genético Total (MGT) da história, com 32,56%. Reservas
para a venda de sêmen do animal já estão sendo feitas. Dez por cento do
touro REM Caballero foram vendidos, recentemente, por R$ 465 mil,
estimando o animal em R$ 4,65 milhões.
Vantagens
Diversas técnicas estão disponíveis no mercado e que podem
potencializar a produção do gado de leite e de corte. Uma delas é a
Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), tecnologia que apresenta
como vantagens ao pecuarista a diminuição da mão de obra, pois elimina a
necessidade de detecção de cios; o aumento do índice de prenhes em
intervalos curtos; a inseminação em maior escala; o ganho de peso ao
desmame e a escolha de animais com alto potencial genético para diversas
características, podendo o pecuarista moldar o rebanho de acordo com as
suas expectativas.
“O desinteresse, a falta de conhecimento e o medo da
mudança são os fatores que mais dificultam o pecuarista a investir na
técnica. Porém, o principal motivo é a falta de informação” Heverardo
Carvalho, Presidente da Alta Genetics
Nenhum comentário:
Postar um comentário