Médicos do AP prometem abster-se na escala dos plantões de setembro.
Governo diz que não foi informado sobre decisão dos médicos.
Presidente do Sindmed, Helen Melo
(Foto: Reprodução/TV Amapá)
O Sindicato dos Médicos do Amapá (Sindmed) emitiu uma nota de repúdio
na qual afirma que os profissionais estão sendo pressionados pelo
governo do estado a suspender a abstenção anunciada para a escala dos
plantões médicos no mês de setembro. De acordo com o documento, médicos
estariam sendo vítimas de assédio moral.(Foto: Reprodução/TV Amapá)
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que a instituição não foi oficialmente informada sobre a suspensão dos plantões médicos.
A abstenção na escala dos plantões médicos no mês de setembro é resultado de um protesto da categoria, que cobra a contratação de mais profissionais, e a elaboração de um plano de carreira específico, o que seria um atrativo, segundo eles, para médicos especialistas atenderem a Macapá e interior do estado.
Segundo a presidente do Sindmed, Helen Melo, a decisão sobre a suspensão de plantões médicos atinge profissionais da Maternidade Mãe Luzia, em Macapá, e do Hospital Estadual de Santana, no município de mesmo nome. Ela afirma que o governo foi informado sobre a medida.
Na nota, o sindicato diz que gestores das unidades hospitalares estariam “utilizando-se de sua posição hierárquica para constranger os médicos, obrigando-os a entregar escalas de plantão”.
A presidente diz que a paralisação dos plantões da categoria serve como protesto para o fato de o governo não receber o sindicato para negociações em relação às reivindicações trabalhistas, e por melhores condições de trabalho nas unidades.
Segundo o sindicato, a paralisação inicia na terça-feira, (1º) em diversos setores de saúde, como na UTI neonatal das maternidade de Macapá e Santana, Pronto Atendimento Infantil (PAI), Unacom, clínica médica e cardiologia do Hospital das Clínicas Alberto Lima (Hcal), na capital.
“A tendência é que a suspensão nos plantões permaneça nos próximos meses, se a secretaria não tomar uma posição. É inaceitável que o governo se negue a dialogar com a categoria, que pede um direito de trabalho”, enfatizou a presidente do Sindmed.
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