– Milicianos petistas, como os chavistas, tentam bater em manifestantes contra o governo. Cardozo deveria mandar abrir investigação!
Escrevi
aqui na manhã de ontem um post alertando para uma página no Facebook — e
muitas outras havia e há — em que petistas e esquerdistas no geral
incitavam o confronto de rua com aqueles que marcaram um protesto contra
o governo Dilma, exibindo o Lula Inflado, que virou um ícone desses
tempos. Seu nome de batismo não poderia ser mais adequado : “Pixuleko”.
Os petistas deveriam reclamar com João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do
partido.
Dito e
feito. O protesto, pacífico, como sempre, acontecia na Avenida Paulista
quando chegaram os milicianos do PT. Prontos para a briga. Prontos para o
confronto. Prontos para resolver as coisas na base dos socos e dos
chutes.
Quem sãos os responsáveis por isso? Muita geste. Mas citro os três principais Lula, Rui Falcão e Dilma Rousseff.
Lembremo-nos
de que, na sexta-feira, alguém atacou o boneco com uma faca ou
estilete. Imaginem a chance de uma tragédia acontecer num caso assim, em
que o confronto se torna inevitável. Os manifestantes acusam pelo ato a
estudante de direito da FMU Emmanuelle Thomazielo. Ela nega. Só não
conseguiu explicar o que fazia lá no meio, ao lado do boneco.
Os três
chefões petistas citados estão, na prática, incitando o confronto de rua
quando tacham a liberdade de manifestação e a liberdade de expressão,
garantidas pelo Artigo V da Constituição, golpismo. Mais de uma vez,
Dilma associou um bomba caseira jogada em frente ao Instituto Lula a
manifestantes de oposição. Ela já pertenceu a dois grupos terroristas.
Conhece a lógica interna dessas coisas. Sabe muito bem que não interessa
às oposições e àqueles que cobram a sua deposição que os petistas sejam
vistos como vítimas. Quem jogou aquela bomba quer o PT na condição de
agredido. Como nós vimos na Paulista neste domingo, o PT é o agressor.
Os
petistas que resolveram invadir o protesto exigiam, ora vejam!, que o
boneco fosse retirado de lá. É mesmo? Com que autoridade? Quantas foram
as vezes, são ainda, em que petistas e esquerdistas fazem caricaturas de
seus desafetos? Quantos foram os enterros simbólicos a que os
“companheiros” submeteram adversários ao longo de sua trajetória? Em
quantas ocasiões a imagem de políticos tucanos e de outros partidos
foram associadas às piores práticas nas ruas? Quando é que seus
adversários foram molestá-los?
O que quer
Dilma? O que quer Lula? O que quer Rui Falcão? Sangue nas ruas? Pois
não terão. Torço muito para que não tenham. Espero que os que se
manifestam contra o governo e pedem o impeachment não abandonem jamais a
luta pacífica. Será preciso muito cuidado para não ceder à provocação
de profissionais do crime.
Atenção!
As pessoas que comparecem para esse tipo de enfrentamento não são os
coxinhas vermelhos, não! É geste da viração. É gente treinada para
enfrentar os outros no braço. São profissionais da arruaça.
Cardozo
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, resolveu dar pinta na Paulista neste domingo. Por mais desavisado que seja — consta que até sua sala foi invadida —, um dos homens mais bem-guardados do país certamente sabia que havia manifestação de protesto na Avenida. Se não tinha sido informado, então a coisa por lá anda pior do que parece.
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, resolveu dar pinta na Paulista neste domingo. Por mais desavisado que seja — consta que até sua sala foi invadida —, um dos homens mais bem-guardados do país certamente sabia que havia manifestação de protesto na Avenida. Se não tinha sido informado, então a coisa por lá anda pior do que parece.
Foi
hostilizado e ouviu coisas como “Pega ladrão!”, “Fora PT” e “Fora
Dilma”. Acabou conversando com manifestantes e, ao fim, parece que se
esboçou a cordialidade possível. Na conversa, acabou dizendo que as
manifestações são “absolutamente legítimas”, mesmo discordando da pauta,
e que “democracia é divergência”. E acrescentou: “O que não pode é
xingar, ofender pessoalmente, que foi o que alguns fizeram.”
É? Então
por que ele também já se referiu à defesa do impeachment — que só
acontecerá, se acontecer, dentro da lei — como golpe? Por que, na
condição de petista e ministro da Justiça, não censura os truculentos do
seu partido, que foram para a Avenida Paulista para puxar briga? E se a
maioria antipetista decidisse interromper protestos da minoria petista
ou de esquerda?
Já disse
que não apoio, e reitero aqui, atos hostis a petistas nas ruas. Não acho
que seja um bom caminho. É fácil manifestações dessa natureza acabarem
fugindo ao controle. Agora é absolutamente inaceitável que o PT estimule
seus milicianos a partir para a briga e que acabe assumindo
publicamente a defesa de agressores.
O Brasil não e não será a Venezuela. Já está claro que nós não permitimos e não vamos permitir que isso aconteça.
Ah, sim:
Cardozo mandou a Polícia Federal investigar o suposto atentado ao
Instituto Lula. Deveria aprovar e mandar apurar também quem anda a
estimular confronto de rua.
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