Policiais militares e civis mostram indignação com parcelamento de salários.
Medida foi anunciada na sexta (31); paralisação é prevista para segunda (3).
Em Rio Grande, boneco com farda policial foi pendurado em viaduto (Foto: Ecosul/Divulgação)
Em Carazinho, faixa contra o governo foi colocadaem rodovia (Foto: Divulgação/PRF)
A última vez que os servidores tiveram os salários parcelados foi em 2007, durante o governo de Yeda Crusius.
Ao explicar os motivos que levaram o governo a parcelar os salários, o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, afirmou que a crise financeira pode se agravar ainda mais nos próximos meses.
Os protestos
Por volta das 4h15, policiais rodoviários federais registraram a manifestação no km 174 da BR-386, no Viaduto do Trem, em Carazinho. Pneus foram queimados no acostamento da rodovia e bonecos com uniformes da Brigada Militar e Polícia Civil foram pendurados. Também foram encontradas faixas com mensagens de protesto.
Faixa foi pendurada, e pneus foram queimados em estrada de Santiago (Foto: Rafael Nemitz/Divulgação)
Farda policial foi pendurada em viaduto emCarazinho (Foto: Divulgação/PRF)
Já durante a noite de sexta-feira (31), testemunhas relataram que viram homens usando toucas ninjas colocarem fogo em pneus embaixo do viaduto que dá acesso ao bairro Armour, em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste. No local, foi pendurado um boneco com farda de bombeiro. O trânsito chegou a ser interrompido.
Paralisações programadas para segunda-feira (3)
Os servidores estaduais, policiais e também outros setores, programaram uma paralisação das atividades para segunda-feira (3). Saiba aqui o que pode ser afetado no estado com os protestos.
Na segurança pública, reuniões com associações de servidores da Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, e também da Polícia Civil, decidiram que irão paralisar as atividades durante 24 horas, justamente em protesto contra o parcelamento de salários. A orientação é que somente casos de emergência sejam atendidos. Não deverá haver policiamento ostensivo. As associações sugerem aos servidores que permaneçam em quartéis e delegacias.
Na educação, os professores da rede estadual aprovaram a paralisação. A orientação da categoria é para que os pais não levem os filhos para as escolas estaduais.
Na área da saúde, que é municipalizada, a paralisação de servidores estaduais não deve ter impacto significativo sobre postos e hospitais. Mesmo assim, os funcionários estaduais da área de saúde foram orientados a cruzar os braços, diz a Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado (Fessergs).
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