(O Globo) O mercado de trabalho voltou a apresentar alta do
desemprego. Em março, a taxa de desocupação nas seis regiões
metropolitanas (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto
Alegre) pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE de Emprego,
ficou em 6,2%. A expectativas de analistas de mercado ouvidos pela
agência Bloomberg variavam entre 5% e 6,4%, com o centro das projeções
em 6,1%. Foi a terceira alta consecutiva do desemprego. É a maior taxa
para o mês desde março de 2011, quando foi de 6,5%, e, considerando
todos os meses, a mais alta desde maio de 2011 (6,4%).
A
renda média do trabalho ficou em R$ 2.134,60, em queda real de 2,8%
frente ao mês anterior. E 3% em relação a março de 2014. A renda caiu em
todas as regiões na comparação com fevereiro. A maior queda percentual
ocorreu em Salvador (-6,8%). No Rio, o rendimento médio ficou em 2,6%
menor.
O contingente de desocupados nas seis regiões era de 1,5
milhão de pessoas em março. Houve queda na ocupação nas duas
comparações, enquanto a força de trabalho registrou alta de 0,1% frente a
fevereiro e de 0,3% em relação a março de 2014, o que o instituto
considera estatisticamente estável. Houve recuo no emprego com e sem carteira assinada, ao passo
que aumentou número de trabalhadores por conta própria: frente a
fevereiro, alta de 2% e a março de 2014, de 2,3%.
EM FEVEREIRO, TAXA HAVIA FICADO EM 5,9%
Por
grupamento de atividade, o comércio registrou queda de 1,9%, o que
significou menos 83 mil postos a menos em relação a fevereiro, alta de
0,6% em relação a março de 2014. Já a indústria teve avanço de 0,6%
frente a fevereiro e queda de 6,3% em relação ao mesmo mês de 2014. Em fevereiro, a PME tinha apontado uma taxa de 5,9%, a maior
taxa para meses de fevereiro desde 2011, quando foi de 6,4%.
Considerando todos os meses mês, foi a mais alta desde junho de 2013
(6%). Em janeiro deste ano, havia sido de 5,3%.
Nessa mesma pesquisa, o rendimento médio real dos
trabalhadores caiu 1,4% frente a janeiro e 0,5% em relação a fevereiro
de 2014, para R$ 2.163,20. Foi a primeira variação negativa na
comparação interanual desde outubro de 2011, quando houve recuo de
-0,3%. É também a maior desde maio de 2005, quando o recuo no rendimento
chegou a 0,7%.
Em outra pesquisa, a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua Mensal, que cobre cerca de 3.500 municípios, a taxa
de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro foi de 7,4%. A taxa de
desemprego no Brasil tinha sido de 6,8% no trimestre encerrado em
janeiro.
No trimestre encerrado em fevereiro do ano passado, também
tinha sido de 6,8%. Entre setembro e novembro, o desemprego havia ficado
em 6,5%. O objetivo do IBGE é substituir a PME pelo levantamento
nacional, criado em 2012 e que, até ano passado, não contava com números
sobre a renda.
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