(Folha) O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
considerou que a
desfiliação da senadora Marta Suplicy do PT é um reforço importante à
oposição ao governo federal. Marta entregou nesta terça-feira (28) aos
diretórios municipal, estadual e nacional em São Paulo seu pedido formal
de desfiliação
do partido. Na avaliação do tucano, que deu aval às negociações da
senadora com o
PSB para a disputa a Prefeitura de São Paulo no ano que vem, a saída uma
"decisão importante do ponto de vista político". "É sempre positivo.
Ela é uma liderança importante, é senadora por São Paulo e foi prefeita
da capital paulista", disse.
Em carta entregue aos diretórios da sigla, Marta faz críticas ao partido
e afirma que o programa partidário do PT "nunca foi tão renegado pela
própria agremiação de forma tão reiterada e persistente". Segundo a Folha
apurou, a senadora informou ao PSB que se filiará ao partido até junho.
A sigla é atualmente a maior aliada do PSDB no governo paulista; seu
presidente estadual em São Paulo, Márcio França, ocupa o posto de
vice-governador.
Alckmin elogiou a saída da senadora em almoço-debate promovido com
empresários pela revista "Exame", na capital paulista. Ele voltou a
considerar que, neste momento, é precipitado apresentar um
pedido de impeachment à presidente Dilma Rousseff (PT), como defende a
bancada do PSDB na Câmara dos Deputados."O importante neste momento é a
investigação. Não pode tirar o foco da investigação. Esse deve ser o
objetivo", disse. Segundo ele, o foco neste momento da oposição ao
governo federal não
deve ser o impeachment, que pode ser consequência de um aprofundamento
das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
"Não é o objetivo fazer o impeachment. O objetivo é investigar. O
impeachment pode ser conseqüência", ressaltou.
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