O Brasil deixa hoje (31) a presidência rotativa do Brics, grupo
de países formado ainda pela Rússia, China, Índia e África do Sul. O
país africano passou a fazer do bloco em 2011. A partir da amanhã (1º), o
comando caberá à Rússia. O Brics foi criado em 20016. De acordo com o
Itamaraty, durante a presidência do Brasil foi possível avançar nos
acordos para a implantação do Banco de Desenvolvimento e do Arranjo
Contingente de Reservas, com a instalação do conselho de diretores
interino do banco; e nos planos de trabalho para tornar a instituição
financeira operativa em 2016. Os acordos foram assinados na 6ª Cúpula do
Brics, em Fortaleza, e estão sob exame do Congresso Nacional para
aprovação. Logo após a cúpula na capital cearense, o Brasil também
organizou, em Brasília, a reunião Brics-América do Sul, com a presença
de todos os chefes de Estado da região. Além disso, sediou reuniões
ministeriais nas áreas de saúde, população, educação, agricultura e
desenvolvimento agrário, e ciência, tecnologia e inovação com
representantes de cada nação do bloco, informou o Ministério das
Relações Exteriores. A 7ª Cúpula do Brics ocorrerá no meio do ano na
cidade russa de Ufa. Além desse encontro, a Rússia propôs às delegações
dos demais países do bloco a realização, em junho, da 1ª Cúpula
Parlamentar do Brics, em Moscou. A proposta foi feita durante a 132ª
Assembleia da União Interparlamentar (UIP), em Hanoi, no Vietnã. Os
parlamentares chineses já confirmaram disponibilidade para participar.
No domingo (29) passado, de acordo com nota divulgada pelo Itamaraty, o
juiz do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Rússia, Vladimir Khamenkov,
disse que o país também propõe a ampliação da cooperação entre os altos
órgãos judiciários dos países do Brics. Segundo Khamenkov, a cooperação
pode se dar em uma ampla gama de assuntos, como a proteção ao meio
ambiente, destacando a troca de informações e de propostas para o
desenvolvimento do Judiciário. POLITICA LIVRE
Danilo Macedo, Agência Brasil
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