Felipe grafita personagem Bob Esponja nas estruturas da cidade.
Arte contrasta com vandalismo das pichações.
Bob Esponja feito por Felipe chama atenção nas
esquinas de Belém (Foto: Reprodução / TV Liberal)
O formato das caixas de linha telefônica de Belém
chamaram a atenção do estudante Felipe C.F, que associou o quadrado das
estruturas ao personagem Bob Esponja. A partir daí, incentivado pela
namorada, o jovem decidiu pintar as estruturas como o desenho animado.
Dez caixas já receberam a intervenção do artista, que garante fazer tudo
sozinho, sem patrocínio. O G1 entrou em contato com a
Oi, responsável pelas caixas telefônicas, mas a empresa ainda não se
manifestou sobre o grafite do estudante.esquinas de Belém (Foto: Reprodução / TV Liberal)
"Inicialmente eu associei o formato da caixa ao personagem. Posteriormente, pelo fato de a minha namorada gostar do personagem, eu decidi fazer por conta própria, sem auxílio, sem patrocínio, gastar do meu bolso, comprar a tinta e fazer", disse Felipe.
Segundo o jovem, o grafite tem como objetivo tornar a cidade um lugar mais alegre e agradável. "Basciamente é essa a ideia, do diálogo com o cenário urbano. Por ser um personagem infantil chama mais a atenção das crianças, instiga", afirma.
O grafite praticado por Felipe contrasta com as pichações feitas em prédios públicos, monumentos e até placas de sinalização. O ato é considerado crime ambiental, com previsão de pena que varia entre três meses e um ano de prisão, com pena mínima de seis meses se o alvo da pichação for monumentos ou prédios históricos tombados. Uma das principais dificuldades da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) é identificar os autores do crime.
De acordo com o delegado Marcos Lemos, a população pode ajudar na identificação por meio de denúncias. "Nós temos um plantão 24 horas e se nossos policiais do plantão constatarem uma situação de flagrante delito, no momento da pichação, essa pessoa será presa e conduzida para a delegacia, onde será autuada. Ou ainda, podemos receber denúncias da sociedade civil que não concorda com essa prática, que pode ligar para o número 181, o disque denúncia, em que não há a necessidade de identificação, ou ainda ligar para nossos telefones (da delegacia) e fazer a denúncia pessoalmente", explica o delegado.
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