Deputados aprovaram reforma administrativa do estado em 2ª votação.
Lei complementar extingue 1.104 cargos comissionados no governo.
Palácio
Paiaguás, sede do governo do estado de Mato Grosso: reforma
administrativa deve extinguir 1.104 cargos comissionados e descartar 3,7
mil contratos temporários. (Foto: Daniel Meneguini / Secom-MT)
Mais de mil cargos comissionados no governo do estado deverão ser
extintos, conforme projeto de lei aprovado em segunda votação na manhã
desta quarta-feira (29) pelos deputados da Assembleia Legislativa de
Mato Grosso (ALMT). Ainda aguardando a votação do texto final em sessão
noturna, o projeto de lei complementar 1/2015, de autoria do Poder
Executivo, põe na prática a chamada reforma administrativa defendida
pelo governador Pedro Taques (PDT) desde o primeiro dia de mandato, com
redução da máquina pública e corte de gastos. Ao assumir o cargo, ele
chegou a falar em corte de até dois mil cargos em comissão.Depois de mais de 60 dias de tramitação e prestes a passar pela terceira votação na sessão noturna desta quarta-feira na ALMT, o texto final da lei complementar deverá ser remetido à Casa Civil para que o governador o sancione em até 15 dias, explicou o líder do governo na Assembleia, deputado estadual Wilson Santos (PSDB).
Reforma administrativa
Além de extinguir 1.004 cargos em comissão da estrutura do Poder Executivo, a lei complementar 1/2015 estabelece que mais de 3,7 mil contratos temporários deixem de ser renovados.
As medidas de "enxugamento" e corte de gastos do governo deverão proporcionar uma economia de 1% da receita corrente líquida anual, uma estimativa de R$ 146 milhões por ano – quase R$ 600 milhões durante o mandato de Taques.
Presidente da ALMT, o deputado Guilherme Maluf (PSDB) declarou que a reforma administrativa também vai desengessar o Poder Executivo. Isto porque a lei complementar também altera a configuração do governo do estado, consolidando algumas mudanças estabelecidas no primeiro decreto assinado por Taques, com cortes, fusões, novas nomenclaturas e redefinição de atribuições de órgãos das administrações direta e indireta.
Deputados aprovaram reforma administrativa em
segunda votação. (Foto: Renê Dióz / G1)
Medidas visando economia e austeridade já haviam sido anunciadas por
Taques nos primeiros dias de mandato devido ao cenário de crise
econômica, queda na arrecadação e dívidas deixadas pelo governo
anterior.segunda votação. (Foto: Renê Dióz / G1)
Segundo afirmou o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, na última terça-feira (28) em audiência com os deputados estaduais, a gestão de Silval Barbosa (PMDB) deixou R$ 835,7 milhões em restos a pagar do Poder Executivo.
Para lidar com os prognósticos pessimistas, o governo anunciou a reforma administrativa, com objetivo de garantir economia aos cofres do estado, e uma auditoria nas dívidas, as quais o governo pretende pagar através dos mecanismos previstos no projeto de lei do pacote batizado de “Bom Pagador”.
O projeto de lei tramita em regime de urgência urgentíssima na ALMT e já foi votado em primeira rodada. O líder do governo, Wilson Santos, ainda não tem previsão de quando o projeto de lei deverá finalmente ser submetido à segunda votação. Já o presidente Maluf afirmou que o projeto pode voltar a votação no Plenário na próxima semana.
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